segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O XAMÃ EVANGÉLICO

Xamã é um líder espiritual com funções e poderes de natureza ritualística, mágica e religiosa que tem a capacidade de, por meio de êxtase, manter contato com o universo sobrenatural e com as forças da natureza.

Entre os evangélicos não existem nenhum indíviduo com este título. Mas ao considerarmos a forma como os líderes deste movimento tem se comportado e o que eles teem praticado, me parece óbivio que estamos diante de um xamanismo evangélico primitivo.

Atualmente, dificilmente você vai ao culto evangélico sem presenciar uma liturgia de natureza ritualística. Passo a passo os fiéis vão caminhando na cartilha do ritual do novo “Xamã”.

Também se verifica uma natureza mágica nos ajuntamentos. A magia dos cultos se ver claramente numa espécie de “simpatia” evangélica muito comum entre este grupo. Vemos isso no simples “coloque a mão no coração”, ou o “levante a sua mão direita”, (e a esquerda não vale?!), a fita do compromisso de oração; as campanhas de Sete dias; a ida lá na frente (a divindade não abençoa lá atrás?!), sem falar das demais aberrações que não quero repetir aqui.

Existe uma busca desenfreada pelo êxtase entre os evangélicos. Todos querem entrar em transe. Todos querem inalar o “ópio” do frenesi do domingo à noite. O líder religioso que não tem o poder de ao simples levantar da mão ou à voz de seu comando fazer a platéia cair ao chão, sapatiar, chorar, rir ou ter um ataque de esquizitice, não é um poderoso Xamã. Existe certa forma de medir qual destes líderes está mais em contato com o sobrenatural, quem controla mais a divindade. Aqueles cuja reunião não consegue manter contato com o sobrenatural e trazer uma demonstração de domínio no mundo espiritual estão sem “ibope” no meio evangélico. Não é a toa que suas igrejas estão se esvaziando.

A Igreja Evangélica brasileira está em suas reuniões fazendo de tudo, através de seus Xamãs, para tentar manter contato com o sobrenatural e com as forças da natureza. Não é por menos que temos tantos elementos da natureza presente em suas reuniões. Água, Terra, Fogo (pelo menos nas músicas e nas palavras dos pregadores é a o mais pedido), e o Vento (o “sopro da unção” pelo microfone é repetido constantemente), como demonstração de poder. Magia, magia. Nada mais que magia.

O Xamã também é uma espécie de sacerdote, curandeiro, conselheiro e advinho. Observe que os líderes não são outra coisa entre eles. Eles são os que fazem ligação do indíviduo com Deus. Esta prática é vista na chamada “cobertura espiritual”. Estão dependentes de um que o “leve a Deus”. Foi-se o tempo em que o cristão evangélico podia chegar-se a Deus unicamente por Cristo. Agora não. Sem o Xamã, nada podeis fazer!

Os fiés procuram o líder para por sobre ele a responsabilidade da cura. Alguns “Xamãs” em sua arrogância ordena que jogue remédios fora, ou pare de usar remédios de uso contínuo. O Conselheiro dá ‘pitaco’ em todas as áreas da vida do fiel. Do namoro ao negócio. E aí daquele que desobeder o conselho do Xamã!

Ele também é uma espécie de ‘advinho’. O dom de revelação ou de profecia que é dado a alguém como manifestação soberana do Espírito, é incorporado automaticamente nos novos Xamãs. Usam e abusam das ‘prefecias’ e das revelações das ‘probabilidades’.

Diante de tudo isso que diremos? Nada. Apenas, que a Igreja Evangélica Brasileira agoniza e celebra com estas e outras coisas, o cortejo fúnebre daquela que já foi paladina do Evangelho genuíno de Jesus Cristo.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NATAL PARA OS NÃO CRENTES

Estava pensando em escrever alguma coisa sobre o Natal. Depois desinteressei. Vai que algum crente leia isso e fique escandalizado, porque os crentes não curtem mais o natal. Descobriram que essa festa é amaldiçoada porque teve suas origens numa festa pagã. Então que se danem estes crentes demais. Deixa eu cá com o meu natal. E como não espero que os crentes leiam isso, meditei sobre esta canção da Simone. E olha que mensagem! Se você não for tão crente quanto eles e incrédulo tanto quanto eu, celebre o Natal comigo curtindo esta poesia linda e reflita sobre como você está terminando seu ano cristão ou pagão.

Então É Natal


Simone

Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez
Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, do amor como um todo
Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem
Então é Natal, pro enfermo e pro são
Pro rico e pro pobre, num só coração
Então bom Natal, pro branco e pro negro
Amarelo e vermelho, pra paz afinal
Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem
Então é Natal, o que a gente fez?
O ano termina, e começa outra vez
Então é Natal, a festa Cristã
Do velho e do novo, o amor como um todo
Então bom Natal, e um ano novo também
Que seja feliz quem, souber o que é o bem

Harehama, há quem ama
Harehama, ha...
Então é Natal, e o que você fez?
O ano termina, e nasce outra vez
Hiroshima, Nagasaki, Mururoa, ha...


É Natal, é Natal, é Natal

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MENTORIA ESPIRITUAL OU A CELEBRAÇÃO DA MENORIDADE?

Mentoria espiritual é a última palavra no movimento evangélico na Igreja Brasileira. Nunca na história recente se falou tanto do assunto. Seminários, congressos, palestras, livros e mais livros tem sido escrito para propagar esta idéia.

Embriagados com este néctar, apostólos, bispos, pastores e outros guias espirituais tem arrebanhado milhares de pessoas e colocado-os debaixo de “suas asas” de mentoria e cobertura espiritual. A questão é como estão fazendo e o que estão fazendo com esta badalada mentoria.

Todo ser pessoal tem “consciência e direção própria”, esta inclusive é a definição de espírito pessoal do teológo batista A. B.Langston. Existe uma fase de menoridade na vida de qualquer indivíduo tanto no âmbito jurídico quanto no âmbito espiritual. Neste período de menoridade precisa ter responsáveis por ele, alguém que o esclareça, que o represente e que o ensine a desenvolver seu entendimento. Na ordem social os primeiros mentores são os pais, na ordem espiritual são os líderes espirituais (dê o nome que mais lhe apraz a est líder).

No entanto espera-se que todo indivíduo chegue a sua maioridade. Mas é tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu entendimento, um diretor espiritual que por mim tem consciência, um médico que por mim decide a respeito de minha dieta etc., então não preciso esforçar-me. Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis.

A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha, continuem no entanto de bom grado menores durante toda a vida. São também as causas que explicam por que é tão fácil que os outros se constituam em mentores deles. Neste campo da preguiça, da covardia, veceja a mentoria espiritual na igreja brasileira.

A imensa maioria dos crentes considera a passagem à maioridade espiritual, aquele esclarecimento por si só mediante o exame das Escrituras, difícil e além do mais perigosa, porque seus mentores de bom grado tomaram a seu cargo a supervisão dela. Depois de terem primeiramente embrutecido seu gado doméstico e preservado cuidadosamente estas tranquilas criaturas a fim de não ousarem dar um passo fora do carrinho para aprender a andar, no qual as encerraram, mostram-lhes em seguida o perigo que as ameaça se tentarem andar sozinhas.

É difícil portanto para um crente que segue esta linha de pensamento desvencilhar-se da menoridade que para ele se tornou quase uma natureza. Chegou mesmo a criar amor a ela, sendo por ora realmente incapaz de utilizar seu próprio entendimento, porque seus líderes nunca o deixaram fazer a tentativa de assim proceder.

Preceitos, fórmulas, ritos e programas espirituais tornam-se grilhões de uma perpétua menoridade. Esta menoridade, a falta de esclarecimento, a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo está sendo celebrada e sacrificada no altar da mentoria espiritual.

Libertai-vos!

Tende coragem de fazer uso do seu próprio entendimento!

Nas palavras do Maior Mentor: “Levanta-te e anda”!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O NEOPAGANISMO NO MEIO EVANGÉLICO – CRENDICES ENTRE NÓS

O Iluminismo pensanva que, caso houvesse qualquer intervenção divina no mundo dos homens, tal intervenção seria “filtrada” pela alma humana que, então, ao lembrar-se dos exemplos das entidades divinas (por exemplo, a vida de Jesus ou dos santos etc.), inspiraria atos mentais, de caráter intelectual e moral. Mas não foi assim que as coisas evoluíram em nossos tempos recentes. No movimento de proliferação de igrejas dos anos noventa, e que continua agora mais forte que nunca, ninguém é “tocado” pela inspiração dessa maneira. Na competição para arrecadar almas pagantes ou almas que pela presença conferem poder ao pastor (que ele pode reverter em poder político e financeiro), as igrejas perceberam que precisam criar um sistema facilitador em relação às proibições. Deixaram de falar da ética do Reino em relação ao Indíviduo como Imagem de Deus, ao relacionamento com o próximo e a solidariedade com o oprimido e passaram a enumerar regras que vão desde o lugar onde um ‘crente’ deve ir, até o que este ‘fiel’ deve ouvir ou pronunciar.


Criaram o efeito mágico das palavras. Principalmente as palavras de ‘maldição’, as únicas que realmente tem poder sobre a vida deles, pois vivem de proibições de palavras ‘fortes’ tais como: ‘pobreza’, ‘miséria’, ‘coitado’, ‘pobre’, ‘morte’, etc. A estas palavras eles refutam desde o “tá amarrado”, eu “rejeito”, até o tradicional toque na madeira, ou ‘peguei no verde’ (rsrsr).

De igual modo não é tão forte as palavras de ‘bênção’, aja visto que falar de ‘riqueza’, ‘dinheiro’, ‘saúde’ (ainda que na hora do espirro), “vais ganhar na mega sena da virada”, (os crentes dizem não apostar, kkk), não funcionam, mesmo que o fiel diga com toda ‘fé’, ‘eu recebo’.

Os novos crentes também reconstruíram as rotas sagradas do turismo espiritual. A ida a Israel não como visitação a um lugar histórico e emblemático tem crescido assustadoramente, os crentes vão lá pra tentar “sentir’ alguma “coisa”. E deve sentir mesmo, tais os relatos que de lá temos ouvido. Na maioria das vezes, ‘conversa pra boi, (digo ovelha), dormir’.

De lá trouxeram o famoso shoffar, um instrumento de som horrível e deram a ele um sentido magico, que levam todos ao delírio espiritual. Quem tem um shoffar hoje tem o poder na mão. Eu já vi um sujeito arrancar aplausos, gritos e frenesi da platéia simplesmente com algumas ‘sopradas’ desafinadas.

Sem contar que outros objetos sagrados que povoam os templos e as casas dos fiéis, a um preço altíssimo, movimentam uma cifra milionária no mercado da fé. Já temos representante comercial para tais objetos tirando pedido nas igrejas, fazendo destas sua ‘gorda’ e próspera carteira de clientes. Os pastores (leia-se compradores e vendedores) não perdem as promoções, as novidades, os lançamentos da indústria da fé. E vendem. E como vendem!!!!!!

Essas e outras besteiras de crentes nada mais é que um resto de neopaganismo tipo bárbaro que vem sendo reconstruído e trazido para dentro das igrejas evangélicas. No entanto os crentes não se apercebem que estão fazendo papel de tolo, e isso se deve ao fato do emburrecimento bíblico-teológico que vem tomando conta dos arraiás da crentaida.

É claro que tudo isso é ajudado por outros mecanismos, principalmente o atrativo do “milagre”, da “cura imediata” ou da “salvação” que, enfim, não é a salvação contra o Mal, e sim a salvação financeira ou o desemprego ou a falta de sorte etc. Ou seja, o Mal se traduz em males da cada um, em um sentido moral bem empobrecido. O pastor promete dar ao fiel não um Deus ou um Jesus ou coisa parecida, nos cânones do cristianismo que conhecíamos antes dos anos noventa. Ele promete dar um Mágico, alguém do Além que pode ser chamado, a qualquer momento, para resolver problemas cotidianos. O azar na vida é coisa mostrada como produto de uma entidade denominada “Demônio”. A sorte pode ser restabelecida pela fé, uma fé esvaziada de religiosidade, ou seja, algo que se faz sentir a partir do pronunciamento de palavras do tipo “Sangue de Jesus tem poder”, exatamente como Mandrake poderia dizer “Abracadabra”.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A CRENÇA É A ÚNICA RESPONSÁVEL PELA DESCRENÇA

A descrença só é possível onde à crença estabeleceu regras. Se não há crença não há possibilidade nenhuma de descrença. Se o cristianismo morrer, morre com ele o ateísmo, pois se o conjunto de crença cai em desuso, à descrença deixa de ser interessante, e até excitante, e em pouco tempo perde completamente seu sentido. E neste entendimento cristianismo e ateísmo estão em declínio.

Os antigos pagãos estavam certos ao estremecer diante da assustadora determinação dos primeiros cristãos. Nenhuma das religiões que abundavam no mundo antigo pretendia o que os cristãos afirmavam — que todas as outras crenças estavam erradas. Quando os cristãos insistiam em que apenas eles possuíam a verdade, condenavam a extravagante abundância do mundo pagão à danação final.

Num mundo de muitos deuses, a descrença nunca pode ser total. Pode apenas significar a rejeição de um deus e a aceitação de outro.

Ao sustentar que existe apenas uma única fé verdadeira, o Cristianismo, deu à verdade um valor supremo que não tinha tido antes. E também tornou possível, pela primeira vez, a descrença no divino.

O ateísmo, portanto, é o efeito retardado da fé cristã.

sábado, 24 de setembro de 2011

A IGREJA DE SIMÃO – O MÁGICO

Em Atos 8.9-24 temos a história de Simão, o mágico. O texto bíblico narra o episódio em que Simão tenta comprar dos apóstolos o poder de operar milagres. Tal ato, considerado pecaminoso pela teologia cristã, foi denominado de simonia (ato de Simão), termo que define especificamente o comércio ou tráfico de coisas sagradas e espirituais, tais como sacramentos, dignidades, indulgências e benefícios eclesiásticos, e que estaria no centro das críticas e discussão que conduziriam à Reforma protestante no século XVI.

No decorrer dos séculos surgiram inúmeras biografias apócrifas sobre este personagem, fundamentadas em especulações diversas, dentre as quais:

1. Que ele pode ter sido fundador do Gnosticismo cristão.
2. Que para provar a validade de sua doutrina fazia demonstrações públicas de levitação.
3. Existe um texto apócrifo que diz que o Apóstolo Pedro travou um embate contra o mago da Samaria que questionava suas habilidades "voadoras". Assim, no alto de uma torre, o mago dá o seu derradeiro vôo.
4. Ainda conforme especulações, Simão Mago seria talvez o gnóstico Simão, discípulo de Dositeu - um sábio cripto-judeu que havia se tornado herói messiânico dos samaritanos.
5. Simão como tendo sido discípulo do profeta João Batista
6. O que se pode afirmar de concreto é que Simão tornou-se figura controversa da literatura antiga e medieval e da propaganda cristã.

Simbolicamente, Simão, ressurge na atual Igreja Evangélica Brasileira, no comércio, no tráfico das coisas sagradas e espirituais.

Simão foi repreendido por querer mercandejar “o dom de Deus” (At 8.19-20). Tudo que ele queria era comprar e depois revender. Ele já tinha um banco de clientes iludidos, e clientes fidelizados “por muito tempo” (At 8.12). A faixa etária ia desde “o menor até o maior” (v. 12).

Imagina o que Simão faria com mais este poder em suas mãos? Toda finalidade de Simão se resumia num único objetivo – MANIPULAR A MASSA.

Os Simãos que hoje fazem parte da Igreja Evangélica Brasileira, não querem outra coisa se não “encantar”, “iludir”, colocar o povo no “cabresto” do medo, em nome de uma falsa autoridade espiritual, em nome de uma nova revelação, em nome de uma nova unção, em nome de si mesmo, que outra coisa não quer, senão ser o centro dos holofotes.

A simonia praticada pelos novos evangélicos repugna. O tráfico do sagrado é tão flagranteado, e tão escancarado, que tais discípulos de Simão, usam vastamente a mídia para enganar uma massa de 35 milhões de pessoas, dando a eles a oportunidade de passear por um shopping de ofertas dos últimos lançamentos dos objetos e adereços da fé. Aceitando na prática mercadológica de Simão, desde o cartão de crédito até o vale refeição do iludido fiel.

Se você, leitor, discordar de mim, apresente-me sua defesa, ou melhor, a defesa da IGREJA DE SIMÃO, respondendo se propagar, oferecer e vender, (ainda que simbolicamente, conforme dizem), tais produtos “sagrados”, conforme encontramos nas gôndolas das igrejas é ou não simonia. Se não te recordas de tais produtos, eis uma “listinha de compra”, para lhe ajudar encher o carrinho neste fim de semana:

Produtos para Alimentação: Sal grosso, oléo ungido de Israel, água do Rio Jordão, pão das primícias, vinho novo da nova aliança;

Produtos para Banho e Perfume: sabonete da purificação, água do Rio Jordão (não pode faltar), toalha do Apóstolo Valdemiro (para enxugar), bálsamo de Gileade, unguento de Maria (pra se perfumar);

Produtos de Limpeza Pesada: Vassoura da Libertação, Rosa da quebra de maldição, Sal grosso, Fita do compromisso com Deus, ervas “medicinais” (guiné, arruda), para o banho do descarrego, cetro da justiça, cajado de Moisés;

Produtos para Causas Judiciais: Martelo da Justiça Divina, camiseta da Revolta; Cetro da Justiça;

Produtos Para Adquirir a Casa e o Carro: Chave de Davi, martelinho e tijolinho do Valdemiro;

Títulos da Prosperidade: A Bíblia da Prosperidade (do Silas Malafaia), o Carnê do Investimento no Reino, Título dos Nobres (do Renê Terranova), Carnê dos Associados (do R.R. Soares).

Meu amigo, se isto não for o Evangelho de Simão, Pedro estava errado e Simão é o cara que apenas vislumbrou uma grande oprtunidade de negócios!

E depois me criticam e ainda me perguntam porque deixei de ser “evangélico”, porque sai da Igreja. Amigo eu só não quero fazer parte, nem do Evangelho nem da Igreja de Simão. Eu não quero ser iludido nem me deixar iludir pelos encantos de seus pastores, bispos e apóstolos. Eu não quero seus produtos sagrados pirateado numa teologia de fundo de quintal, que não passa pelo controle de qualidade bíblica. E se queres um conselho – saia deste engodo. O embate com o os filhos do mago de Samaria já começou. Eles já estão no alto da torre e estão prestes a descobrir, como seu pai, que suas habilidades ‘voadoras’, simplesmente não existem.

sábado, 17 de setembro de 2011

A EXTINÇÃO DA SOLA FIDE NO MOVIMENTO DE CRESCIMENTO DA IGREJA

A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Temos visto que esse descontentamento tem ditado a natureza de muitos ministérios e o conteúdo de muitas pregações.

O movimento do crescimento da igreja acredita que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.

Embora possam crer na teologia da cruz, esse movimento na verdade está esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Portanto, o momento da Igreja Evangélica brasileira carece de um grito que há muito se extinguiu do seu púlpito – SOLA FIDE!!!





terça-feira, 30 de agosto de 2011

OS APÓSTOLOS INVENTADOS

Apostolos é derivado de apostellö – verbo grego enviar. Foi usado pela primeira vez na linguagem marítima que significa um navio de carga ou uma frota enviada. Depois o termo passou a ser usado para um comandante de uma expedição naval. Somente em duas passagens em Heródoto é que apóstolo significava um emissário como pessoa individual. Flávio Josefo emprega a palavra para um grupo enviado numa missão (Os judeus enviados para Roma – Ant. DITNT, Colin Brown). O primeiro a usar a palavra no NT foi o primeiro evangelista. Marcos chama os discípulos de Jesus de apostoloi (Mc 6.30). Da mesma forma, todos os outros evangelistas sinóticos os chamam também (Mt 10.2; Lc 9.10; At 4.33). João, no seu Evangelho, apenas os chama de hoi dödeka / os Doze (Jo 6.67-70); porém, no Apocalipse João deixa claro que os reconhecia como ton dodeka apostolon tou arniou / dos doze apóstolos do Cordeiro (Ap 21.14). Nas cartas do Apocalipse, Jesus reconhecia que alguns se diziam apóstolos, mas não eram de fato. Ele os chamou de mentirosos (Ap 2.2). Tiago, Barnabé e Paulo foram considerados pela Igreja como apóstolos na mesma autoridade dos doze de Jesus. O próprio Lucas o reconheceu como apóstolos juntamente com Paulo (At 14.14). Paulo também tinha plena convicção que Barnabé era um apóstolo (1 Co 9.5,6). O contexto era de apóstolos reconhecidos pela Igreja, pois ele fala de Cefas, os irmãos do Senhor e inclui Barnabé como fazendo parte desse círculo. Na carta aos Gálatas, Paulo novamente cita Barnabé num contexto de apóstolos com autoridade reconhecida (Gl 2.9). Portanto, fica claro que além dos doze apóstolos, havia um grupo que a Igreja reconhecia como apostoloi tou Christou encerrado em Paulo. Ele afirma isso quando diz que era um nascido fora do tempo (1Co 15.8), mostrando que Deus já tinha fechado o círculo de apóstolos autorizados na comunidade dos cristãos e que ele era o último comissionado.

A PALAVRA APOSTOLOS SENDO USADA NO SENTIDO GERAL

Apesar de que a palavra apostolos tenha tido um sentido técnico de enviado com autoridade de Cristo e sua designação limitada a somente alguns poucos da Igreja de Cristo, essa palavra foi usada no NT para enviado, servo como em Fp 2.25 que Paulo chama Epafrodito de apostolos. Os tradutores entenderam muito bem que o sentido era de um mensageiro, um enviado apenas, não um título ou um dom. João também coloca essa palavra nos discursos de Jesus quando escreve em Jo 13.16: nem o enviado maior que aquele que o enviou. Deixa claro que essa palavra ainda era usada na sua forma mais simples como alguém que era enviado para algum serviço ou um mensageiro de confiança. Jesus, nesse texto, confirma que todos nós podemos ser um enviado / apostolos.

Os apóstolos que são ordenados hoje em dia, são bem diferentes, veja o porque estou dizendo isso:
  1. Exigem autoridade acima dos pastores e
  2. Geralmente são de igrejas grandes e poderosas
  3. ou líderes de mega ministérios.
  4. Há uma hierarquia: os apóstolos ficam acima dos bispos e esses acima dos pastores.
  5. Há aqueles que precisavam ter um título acima dos apóstolos.
  6. Como não havia na Bíblia, criaram a seu bel prazer o nome de “paipóstolo”.
  7. Esse tipo de comportamento já desqualifica o que significava a palavra em si.

A INTERPRETAÇÃO DE EFÉSIOS 4.11

Tem-se que admitir que esse texto não é tão fácil de interpretação. Por isso a razão de tanta polêmica. Ao que parece os ministérios eram claros na igreja local e que não se precisava explicar detalhes. Porém, precisa-se fazer uso da Hermenêutica e da Exegese para que se possa perceber a intenção de Paulo. Uma regra de Hermenêutica clara de interpretação é atentar primeiramente para o contexto imediato do parágrafo e do livro. A comunidade cristã era ensinada que os apóstolos eram um número limitado, por isso que Paulo sempre começava suas epístolas com a famosa frase apostolos tou Iesou Christou / apóstolo de Jesus Cristo (Ef 1.1). Quando Paulo fala em apóstolos e profetas, precisa-se analisar que é na mesma designação dos textos do mesmo livro Ef 2.20 e 3.5. Paulo explica que a Igreja estava sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo Cristo a Pedra Angular. A Igreja estava consciente de que não havia mais apóstolos com autoridade dos doze além daqueles poucos que Deus escolheu. Partindo disso que se pode analisar Ef 4.11. Não é porque Paulo incluiu os apóstolos e profetas entre evangelistas, pastores e mestres que obrigatoriamente Paulo esteja dizendo que tenha que ter apóstolos e profetas na igreja local, pois Paulo estava escrevendo de uma forma abrangente que Jesus concedeu dons aos homens (Ef 4.8) (o profeta que se fala aqui é aquele que tinha a autoridade de falar a Palavra de Deus inspirada). Isso implica dizer que essa abrangência incluiria até os apóstolos e profetas de número limitado. O que se entende é que Paulo deu a primazia aos fundamentos das Escrituras em primeiro lugar. Seria como se Paulo dissesse: Deus escolheu em primeiro lugar a sua Palavra falada pelos apóstolos e profetas, depois os evangelistas, pastores e mestres. Portanto, é duvidoso que haja apóstolos na igreja local simplesmente porque são citados juntamente com outros dons. No contexto do Novo Testamento ninguém poderiam ser apóstolo além daqueles que foram designados por Deus, pois eles eram os únicos que tinham autoridade de falar a Palavra de Deus com fidelidade. Assim sendo não posso concluir senão dizendo que o que passa disso é invenção dos evangélicos que querem um PAPA sobre eles e líderes que se candidatam e se promovem em cima da ingenuidade e do analfabetismo bíblico e teológico dos fiéis.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

DENÚNCIA: AS TÉCNICAS DE CONVERSÕES USADAS PELO MOVIMENTO DE CRESCIMENTO DA IGREJA

Foi Ivan Pavlov (1849-1936), cientista Russo, Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904, que demonstrou em suas experiências a teoria do reflexo condicionado. Pavlov descobriu três distintos e progressivos estados de inibição transmarginal. Sendo:

1º). A fase EQUIVALENTE, na qual o cérebro dá a mesma resposta para estímulos fortes e fracos.

2º). A fase PARADOXAL, na qual o cérebro responde mais ativamente aos estímulos fracos do que aos fortes.

3º). A fase ULTRA-PARADOXAL, na qual respostas condicionadas e padrões de comportamento vão de positivo para negativo, ou de negativo para positivo.

Com a progressão por cada fase, o grau de conversão torna-se mais efetivo e completo. Pavalov entendeu que são muitos e variados os modos de alcançar a conversão, mas o primeiro passo usual em lavagens cerebrais políticas ou religiosas é trabalhar nas emoções de um indivíduo ou grupo, até eles chegarem a um nível anormal de raiva, medo, excitação ou tensão nervosa.

Aparentemente, Jonathan Edwards descobriu acidentalmente as técnicas durante uma cruzada religiosa em 1735, em Northampton, Massachusetts. Induzindo culpa e apreensão aguda e aumentando a tensão, os "pecadores" que compareceram aos seus encontros de reavivamento foram completamente dominados, tornando-se submissos. Tecnicamente, o que Edwards estava fazendo era criar condições que deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente aceitar nova programação. O problema era que as novas informações eram negativas. Ele poderia então dizer-lhes, "vocês são pecadores! vocês estão destinados ao inferno!". Como resultado, uma pessoa tentou e outra cometeu suicídio. E os vizinhos do suicida relataram que eles também foram tão profundamente afetados que, embora tivessem encontrado a "salvação eterna", eram também obcecados com a idéia diabólica de dar fim às próprias vidas.

Charles J. Finney foi outro cristão reavivalista que usou as mesmas técnicas quatro anos mais tarde, em conversões religiosas em massa, em Nova Iorque.

As técnicas são ainda hoje utilizadas por cristãos reavivalistas, cultos, treinadores de potencial humano, algumas reuniões de negócios, e nas forças armadas dos EUA, para citar apenas alguns.

O resultado progressivo desta condição mental é prejudicar o julgamento e aumentar a sugestibilidade. Quanto mais esta condição é mantida ou intensificada, mais ela se mistura. Uma vez que a catarse, ou a primeira fase cerebral é alcançada, uma completa mudança mental torna-se mais fácil. A programação mental existente pode ser substituída por novos padrões de pensamento e comportamento.

O Movimento de Crescimento da Igreja usa tais técnicas na maioria de seus programas de conversões. Vejam algumas destas técnicas mais comuns e como são utilizadas nas Igrejas.

1). A técnica do isolamento - O encontro ou treinamento tem lugar em uma área onde os participantes estão desligados do resto do mundo. Isto pode ser em qualquer lugar: uma casa isolada, um local remoto ou rural, ou mesmo no salão de um hotel, onde aos participantes só é permitido usar o banheiro, limitadamente.

2). A técnica da manutenção de um horário que causa fadiga física e mental - Isto é primariamente alcançado por longas horas nas quais aos participantes não é dada nenhuma oportunidade para relaxar ou refletir. Lanches rápidos ou alimentação fora do horário são utilizados com a finalidade de alterar a química interna, o que gera ansiedade e, espera-se, cause ao menos um ligeiro mau-funcionamento do sistema nervoso, que aumente o potencial de conversão.

3). A técnica para aumentar a tensão no ambiente – A voz ritmada do pregador, dramatizações teatrais, o ensino e os ‘testemunhos’ sobre ações demoníacas, música ritmadas, pessoas em transe, são algumas técnicas utilizadas para tornar um ambiente tenso. Lembre-se que a conversão religiosa acontece com maior facilidade quando se trabalha nas emoções de um indivíduo ou grupo, até eles chegarem a um nível anormal de raiva, medo, excitação ou tensão nervosa.

4). A técnica da incerteza - Basicamente, os participantes estão preocupados quanto a serem notados ou apontados pelos instrutores; sentimentos de culpa se manifestam, e eles são tentados a relatar seus mais íntimos segredos aos outros participantes, ou forçados a tomar parte em atividades que enfatizem a remoção de suas máscaras. Um dos mais bem sucedidos seminários de potencial humano força os participantes a permanecerem em um palco à frente da audiência, enquanto são verbalmente atacados pelos instrutores. Muitos desfalecem, mas muitos enfrentam o stress por uma mudança de mentalidade. As igrejas utilizam a pregação sobre os pecados secretos, não confessados e conclamam a confissão verbal ou escrita ou fixação destes pecados, ou faltas cometidas numa cruz, previamente colocada em um lugar onde acontecerá a cartase (purgação das emoções reprimidas).

5). A técnica da introdução de jargão – São introduzidos novos termos que tem significado unicamente para os "iniciados" que participam. Linguagem viciosa é também freqüentemente utilizada, de propósito, para tornar desconfortáveis os participantes. Um dos programas de conversão de massa utilizado atualmente pelo Movimento usa o jargão “é tremendo”, para definir o Encontro.

6). A técnica do controle do humor – Os pregadores utilizam de palestras e técnicas para controlar o humor dos participantes. Até que todos recebam o doutrinamento completo, o choro, a tristeza, o lamento são explorados em extremo, ao menos até que os participantes sejam convertidos. Então, divertimentos e humor são altamente desejáveis, como símbolos da nova alegria que os participantes supostamente "encontraram". A chegada destes indivíduos ao templo é saudada com fogos, gritos, saltos, danças, música alta e palavras de motivação, como forma de acolhimento.

7). A técnica do evento planejado regularmente - Os novos convertidos são fanáticos. Pelo menos muitas pessoas se tornar aptas para começar ministrar, e uma boa porcentagem é programada mentalmente de modo a assegurar sua futura lealdade e colaboração ao seu pastor ou a sua organização. Para ter os programados na mão os pastores irão organizar evento planejado regularmente, para manter o controle. Como os primeiros cristão revivalistas descobriram, um controle de longo prazo é dependente de um bom sistema de acompanhamento. Pessoas que participam do programa, mas não participam de um grupo que viva ou respire a técnica ensinada tende a esfriar ou ‘desconverter’ num período de 5 a 6 meses, daí a necessidade da Igreja através de seu pastor ‘entrar’ na visão ou no programa de crescimento. Os pastores e líderes que fazem parte de um destes programas também têm necessidade de ser mentoriado, daí a participação regularmente dos mesmos em conferências, seminários de treinamento e etc.

Em suma o que estamos vendo atualmente no cenário evangélico brasileiro, não é avivamento espiritual, mas o avivamento de uma técnica há muito descoberta.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

LILITH – A ‘OUTRA’ DE ADÃO QUE A BÍBLIA NÃO QUIS CONTAR

Existe uma polêmica extraída de algumas lendas do folclore assírio, babilônico e hebraico que afirma ter Adão uma ‘outra’ mulher antes de Eva ser criada.

Baseado nos texto bíblicos de Gn 1.27; 2.18,22 alguns estudiosos vêem a possibilidade da mulher criada em Gn 1.27 ser a tal Lilith.

Existem insinuações de que Lilith pode ter sido retirada da Bíblia durante o Concílio de Trento, a interesse da Igreja Católica, para reforçar o papel das mulheres como devendo ser submissas, e não iguais, ao homem. Porém muitas pinturas e esculturas a retratam como a serpente que tentou Eva a comer o fruto do conhecimento.

Uma interpretação possível é de que ela seja a mulher que Caim encontrou depois de ser expulso e, portanto, tendo com ele seu primeiro filho, Enoque e fundando uma cidade de mesmo nome.

Nas bíblias atuais seu nome aparece uma única vez, em Isaías 34:14: "E as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e Lilith pousará ali, e achará lugar de repouso para si." Nas traduções recentes da Bíblia a palavra Lilite é substituída por demônio ou bruxa do deserto. Fantasma, na Revista e Atualizada.

A Versão da Bíblia do Rei James, traduziu a palavra “Lilith”, por “coruja”. João Ferreira de Almeida, nesta passagem relata que “… os animais noturnos ali pousarão”, não havendo menção da coruja, como é frequentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).

No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira mulher criada por Deus junto com Adão (Gn 1.27), que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, passando depois a ser descrita como um demônio.

De acordo a interpretação da criação humana no Gênesis feita no Alfabeto de Ben-Sira, entre 600 e 1000 d.C, Lilith foi criada por Deus com a mesma matéria prima de Adão, porém ela recusava-se a "ficar sempre por baixo durante as suas relações sexuais". Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal e a primeira feminista.

Nos livros sagrados do judaísmo o mito de Lilith está inserido numa versão não oficial da antropogênese. Há referências no Talmud, no Zohar e no Tora. Enredos confusos envolvem a personagem: ora aparece como a mulher insubmissa, que precedeu Eva mas, por sua rebeldia, foi expulsa do Paraíso; ora, é personificação que se refere a uma espécie de "história não contada" de Eva.

Outra versão, apresenta razão diferente para a revolta de Lilith. A primeira mulher de Adão, a tradicional Eva, teria tido filhos. Entretanto, os anjos, enciumados por causa das atenções de Deus para com o homem, vingativos, mataram impiedosamente as crianças. Embrutecida pelo infortúnio supremo, Eva transforma-se em Lilith e abandona o Jardim das Delícias.

A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que vissem Lilith como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação de Lilith no modelo hebraico de demônio. Assim surgiu as lendas vampíricas: Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuído por uma súcubus, dificilmente um homem saía com vida.

Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aperto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com sua vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.

Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith, e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos.

Como se pode notar as lendas em torno desta “outra” mulher de Adão, pode ser confusa e enigmática, no entanto desta imagem lendária se extrai várias ênfases para a vida e para os movimentos sociais-teológicos-religiosos, como por exemplo a emancipação feminina.

Devemos ter conhecimento de todos os fatos, ainda que estranhos a nossa fé, sabendo que muitos aceitam ou pregam sua crença a partir deles, porém a bíblia nos adverte a viver nossa devoção “Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.” Tito 1:14.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A TRANSITORIEDADE DO DISCURSO TEOLÓGICO – A PREGAÇÃO DA REVELAÇÃO SEGUNDO AS EXIGÊNCIAS HISTÓRICAS DO SER HUMANO

A palavra teologia vem da conjugação de TÉOS e LÓGOS, dois termos gregos. Poder-se-ia dizer que teologia é todo discurso acerca de Deus. Assim, por exemplo, foi denominado por Aristóteles em seu livro “Filosofia Primeira”, que hoje conhecemos com o nome de metafísica. Para Aristóteles o TÉOS seria objeto de pesquisa da maior de todas as ciências: a ciência do ser enquanto ser – esta que hoje denominamos de metafísica. Portanto, para ser estagirita – Aristóteles, a metafísica, ou seja, a filosofia primeira, é sinônimo de teologia.

Apesar de podermos falar de teologia em um sentido lato, tal como abordamos acima, atualmente o significado deste termo difere-se deste que expusemos. Teologia hoje é o discurso racional acerca de Deus a partir dos dados advindos de um livro revelado: Bíblia, Alcorão, etc. À teologia compete, portanto, a atualização dos dados revelados através do discurso (lógos), segundo as exigências históricas vigentes. Com isso, se mostra o caráter transitório do discurso teológico: a transitoriedade do discurso deve-se à transitoriedade própria da história humana, da cultura e de suas diversas problemáticas. Deus, por isso, deve sempre aparecer ao homem, através do discurso teológico, historicamente situado. Esta, última informação nos leva a perceber a imbricação necessária entre teólogo, revelação e história.

Não obstante à imbricação supracitada, não poucas vezes a teologia cristã se configurou de forma totalmente anacrônica em seus discursos e, conseqüentemente, em seus conceitos. A teologia cristã durante séculos, preocupou-se com o hyperurânio de Platão, com o motor imóvel de Aristóteles, com a cidade de Deus de Agostinho, menos com as problemáticas históricas que fatalmente orientavam a vida social do homem. É comum nos depararmos com textos clássicos da teologia e sermos levados às nuvens, aos céus, como, por exemplo, num texto de Irineu ou de S. Agostinho de Hipona. Mas, qual a razão disto? Isto ocorreu por mera vontade dos teólogos? Certamente, não.

A teologia cristã configurou-se de forma anacrônica por muito tempo, devido ao instrumental filosófico que ela utilizou para discursar acerca de Deus. Tal instrumental derivava-se da metafísica clássica que tem como característica formular conceitos anacrônicos, desconsiderando o caráter histórico do homem – ou seja, desconsiderando o homem enquanto ser histórico, que se faz (constrói) no tempo. A conseqüência disto, é que os dados da revelação cristã – Bíblia – foram entendidos como realidades atemporais e ahistóricas. Por isso, por muito tempo – certamente, também ainda hoje – entendeu-se Deus, Reino dos Céus, inferno, etc., como realidades totalmente transcendentais, totalmente destacadas dos processos e fases históricas da humanidade.

Esta forma de discurso acerca de Deus foi submetida à crítica com o advento da modernidade e do pensamento contemporâneo. A metafísica, que foi a “pedra angular” da teologia clássica, foi fortemente criticada a partir da modernidade. Descobriu-se, após séculos de especulação, a história como característica essencial do homem e a cultura como âmbito de toda construção histórica. Com isso, o pensamento ocidental, largou aquele transcendentalismo metafísico, tornando-se por isso mais imamentista. Isto influenciou fortemente a teologia. O encontro do homem com Deus – chamado pela teologia da GRAÇA – passou a ser pensado como realidade histórica: Deus se manifesta ao homem situando-se histórica e culturalmente, ou seja, o encontro de Deus com o homem difere-se na história em suas diversas épocas, e difere-se na pluralidade cultural que se dá no seio da humanidade. Obviamente, isto gerou uma certa relativização no discurso sobre Deus; porém, valorizou a historicidade como característica essencial do ser humano, além de valorizar a multiplicidade de formas de Deus se apresentar ao homem, superando, assim, o anacronismo clássico metafísico que norteava o pensamento teológico no entendimento da relação homem – DEUS.



quarta-feira, 27 de julho de 2011

VONTADE E LIBERDADE EM SPINOZA - NÃO EXISTE ESCOLHA SOMENTE DESEJO

Spinoza nega que haja "faculdades" na mente, ou entidades tais como intelecto ou vontade, muito menos imaginação ou memória. A mente consiste das próprias idéias em seu processo e associação. Intelecto é meramente um termo para uma série de idéias; e vontade um termo para uma série de ações ou volições. A vontade é primeiramente pensamento de um curso de ações a ser seguido e, quando não há fatores contrários, a ação em questão inevitavelmente se segue. A ilusão de uma determinada escolha surge da ignorância do indivíduo das causas precedentes do pensamento e da ação. Assim, "vontade e intelecto são uma só e a mesma coisa"; pois uma volição é apenas uma idéia que, pela riqueza de associações (ou talvez pela ausência de idéias rivais), permaneceu tempo suficiente no consciente para passar à ação. Cada idéia transforma-se em ação a menos que seja sustada na transição por uma idéia diferente; a idéia é, ela própria, o primeiro estágio de um processo orgânico unificado do qual a ação externa é o desfecho.

O que é freqüentemente chamado vontade, como força compulsiva, deveria ser chamado desejo: é um apetite ou instinto do qual temos consciência. "Os homens pensam que são livres, porque têm consciência de suas volições e desejos, mas ignoram as causas pelas quais são levados a querer ou a desejar." Cada instinto é um artifício desenvolvido pela natureza para preservar o indivíduo. Por trás dos instintos está o esforço variado e vago de auto-observação (conatus sese preservandi). Spinoza vê isso em todas as atividades humanas e mesmo infra-humanas, como sua motivação básica. "Todas as coisas, quanto delas depende, esforçam-se em persistir em suas próprias naturezas; e o esforço com o qual uma coisa procura persistir em seu próprio ser, nada mais é do que a verdadeira essência daquela coisa." O prazer e a dor são a satisfação ou a repressão de um instinto; não são as causas de nossos desejos, mas seus resultados; não desejamos as coisas porque elas nos dão prazer; mas elas nos dão prazer porque as desejamos; e nós as desejamos porque temos que desejá-las. Conseqüentemente não existe vontade livre; as necessidades da sobrevivência determinam o instinto, o instinto determina o desejo e o desejo determina o pensamento (a idéia de vontade) e a ação. "As decisões da mente são apenas desejos que variam conforme as disposições". "Na mente não existe uma vontade absoluta ou livre; a mente é levada a querer isto ou aquilo por uma causa, que por sua vez, é determinada por outra causa, e esta por outra e assim por diante, até o infinito".



segunda-feira, 4 de julho de 2011

O EVANGELHO DA PÓS-MODERNIDADE

Que tipo de evangelho tem sido proferido pela chamada “igreja evangélica” atualmente? Destaco aqui alguns pontos que certamente você já ouviu.

1. É o evangelho que coloca a felicidade ao alcance da mão, ali na prateleira, na loja da esquina, publicitada em todo tipo de mercadoria.

2. É o evangelho da alma que se dilacera, seja pela frustração de não dispor de meios para alcançá-la; seja por angariar os produtos do fascinante mundo do consumismo religioso e descobrir que, ainda assim, o espírito não se sacia.

3. É o evangelho que se repete incessantemente que todos temos a obrigação de ser feliz, de vencer, de nos destacarmos do comum dos mortais. Sobre esses recai o sentimento de culpa por seu fracasso.

4. É o evangelho que anuncia uma esperança, que apregoam o caráter miraculoso da fé. Jesus é a solução de todos os problemas. Inútil procurá-la nos sindicatos, nos partidos, na mobilização da sociedade.

5. É o evangelho que engolido pelo vácuo pós-moderno, tende a reduzir-se à esfera do privado; olvida sua função social; ampara-se no mágico; desencanta-se na auto-ajuda imediata.

6. É o evangelho que é ocupado pelo oráculo poderoso da mídia; os dogmas inquestionáveis do mercado da fé; o amplo leque de propostas esotéricas.

7. É o evangelho adaptado às necessidades psicossociais de evasão, da falta de sentido, de fuga da realidade conflitiva.

8. É o evangelho impregnado de orientalismo, de tradições religiosas egocêntricas, ou seja, centradas no eu, e não no outro, capazes de livrar o indivíduo da conflitividade e das responsabilidades sociais.

9. É o evangelho que, manipula o sagrado, submetendo-o aos caprichos humanos. O sobrenatural se curva às necessidades naturais.

10. É o evangelho das técnicas psicoespirituais, de onde derivam a prosperidade, a cura, o alívio, o encontro com o transcendente.

11. É o evangelho que ensina que as dificuldades pessoais e sociais devem ser enfrentada pela auto-ajuda, a meditação e a prática de ritos.

12. É o evangelho onde o sagrado passa ser ferramenta de poder, para controle de corações e mentes, e também do espaço político. O Bem identifica-se com a minha crença religiosa.

13. É o evangelho que cria uma Igreja, mais voltada à sua dilatação patrimonial que ao aprimoramento do processo civilizatório, evita criticar o poder político para, assim, obter dele benefícios: concessão de rádio e TV etc.

14. É o evangelho que ajusta a sua mensagem a cada grupo social que se pretende alcançar.

A este evangelho Paulo já pronunciou a sentença divina: “Seja anátema!”

sexta-feira, 1 de julho de 2011

SOBRE MÉTODO E MODELO DE CRESCIMENTO

Quando estava na ativa na Convenção Batista Nacional do Estado de Rondônia, eu fui relator de uma comissão que tinha por finalidade analisar os ‘novos’ métodos que as igrejas estavam começando a implantar em suas atividades. Hoje, aquilo que estava iniciando já está ‘consolidado’ em muitas igrejas.

O método nada é além de um meio circunstancial e momentâneo. Esta foi a conclusão do parecer da dita comissão que fiz parte, tanto é, que não elegemos em nosso parecer nenhum método, nenhum modelo. Ficou restrito a escolha das igrejas locais, levando em consideração o respeito às doutrinas, princípios e práticas da Convenção.

Mas hoje, fico preocupado pelo fato de perceber que existe um ‘foco’, uma ‘busca’, uma ‘perseguição’ ao método. De um lado estão aqueles que advogam como melhor, como a última revelação, como a última ‘novidade’ em crescimento e sucesso de igreja. De outro aqueles que não querem nenhum método, nenhum trabalho, nenhuma atividade.

Nesta ‘briga’ sobre se devemos ou não usar o método, eu trago um humilde parecer sobre método e crescimento de igreja.

1). Assim como na história da Igreja em dois milênios os método vieram e passaram, os métodos atualmente utilizado pela igreja serão sepultados.

2). Todo método em qualquer organização se desgasta. Os métodos na igreja também se desgastarão.

3). Quando o método vira um fim-em-si-mesmo é porque a Palavra já virou meio de vida, no meio das coisas.

4). A luz do NT os métodos eram apenas meios circunstanciais e momentâneos, mudava conforme a necessidade, e não conforme a década e a moda.

5). A fixação em métodos e a fixação dos métodos revelam a falta de conteúdo da Palavra e a cobiça do crescimento. É megalomania vazia. No Brasil—como na maior parte do mundo—, o crescimento da “igreja” é apenas um concurso para ver quem tem a maior igreja. Coisa de menino.

6). Provar a eficácia do método ou a aprovação de Deus apenas pelo crescimento numérico não é confiável nem aconselhável. Se o critério for esse, então VIVA o Islã!

7). O crescimento numérico também é validado pelas Escrituras, mas não à custa da Palavra de Deus. O que temos visto em muitos destes segmentos modelados e enfatizado pela Teologia do Crescimento da Igreja é o sacrifício da Palavra, (e temos tantas provas), em prol do crescimento.

8). A criação de pacotes, sacraliza os meios e corrompe a Palavra, que fica subordinada aos meios.

9). Os atuais vendedores de métodos são como os vendedores de aparelhos hospitalares que conseguem fazer o paciente se sentir bem por estar ligado aos aparelhos, mas nunca recebe alta. Sempre estão surgindo uma máquina nova e saindo uma máquina velha.

10). O que assistimos hoje é uma “igreja” no CTI e que está feliz com a modernidade das máquinas e tubos que a mantêm artificialmente viva.



sábado, 18 de junho de 2011

IGREJA EVANGÉLICA JUDAIZANTE ROMANA DA BOA CUMBA

O movimento evangélico tem dado sinais de apostasia. Este movimento já se mostrou capaz de inventar e produzir os mais variados e sofisticados engodos. E pior que isso, eles conseguem denominar esta massa de levedo farisaico, de avivamento. E mais triste é ver a massa manobrada assentindo, confirmando essa inverdade.

Há 15 anos atrás eu já duvidava deste movimento e discutia suas tendências antibíblica na sala do Seminário teológico. Hoje, distante do movimento, olhando do lado de fora das quatro linhas vejo com tristeza que minha ‘preficia’, e de outros certamente, está se cumprindo. Só não imaginava que a coisa tomaria dimensão tão arrasadora como se vê no atual cenário evangélico brasileiro.

Confesso que nutria certa esperança na igreja evangélica brasileira. Alguns erros aqui, correções acolá e a coisa voltava aos trilhos. Não foi isso que aconteceu, nem é isso que está para acontecer. Dias piores virão. O “trem bala” e o “bonde sem freio” dos evangélicos estão em alta velocidade ladeira abaixo.

A chuva do avivamento que estão cantando só existe nas enfadonhas e repetidas letras dos artistas gospel. Aliás, nunca cantaram e dançaram tanto para chover. Sinal de sequidão, de poeira, de deserto, de infrutiridade. Já confessam em uníssono coro, “a terra seca sou eu!”. Não há verdade maior que esta na igreja brasileira.

Achei que tinha visto e ouvido tudo. Mas não. Para evitar aborrecimentos tenho deixado de ouvir, pastores, bispos, apóstolos, paipóstolo. São sinos sem timbre. Evito ouvi-los. Só os ouço em último caso. E quando ouço, na maioria das vezes me aborreço.

Mas observando os ‘crentes’, além das várias denominações existentes, dá para perceber o cardápio variado para todos os gostos e todos os fregueses. Os crentes não tem mais identidade. Não sabe quem são. É um misto de confusão, de sincretismo. São gregos e troianos. João e Maria. Depende da hora. Depende da necessidade. Depende do gosto.

Esta igreja pode ter o nome acima grafado: IGREJA EVANGÉLICA JUDAIZANTE ROMANA DA BOA CUMBA. Espero que ninguém se inspire e use o nome tão atraente e atual para uma nova igreja. Ela não está nomeada nas placas, mas está escrita na tragetória histórica da igreja evangélica brasileira.

Inicialmente o termo “igreja” tinha um sentido diferente do atual. Hoje, igreja é qualquer galpão de ‘bobeira’ na esquina. Basta passar um “homem de Deus” e ter a visão da grande oportunidade. Em poucos dias aquele galpão “vira” igreja. No Brasil este movimento traduz “igreja” por prédio, preferencialmente no centro comercial. É visão de mercado.

Ainda usa o termo “evangélica” como divisor de segmento e clientela. Não são do grupo ou da “marca” tal. E levanta uma bandeira ou um nome de um produto que a marca evangélica está explorando no mercado da fé.

Ela é judaizante, porque existe uma grande insistência de importar o judaísmo para dentro de suas “lojas”. Os produtos do judaísmo são especiarias desejadas e tem alto teor de lucratividade. Por isso expõe em suas vitrines produtos tipo: terra santa, água do Jordão, o azeite da viúva, o machado de Elizeu, o bálsamo de Gileade, as folhas das oliveiras, o fruto da vide, o shoffar, os levitas, o sacerdote, cuja cobertura espiritual é bastante rentável, a arca do concerto, que amedronta o pecador supersticioso e envaidece o pecador farisaico que ao tocar a arca não morre como prova de sua santidade. A doutrina das primícias, o sabhath, o cordeiro, o sacrifício.

É romana, posto que se vende a bênção, o perdão, a unção, o poder, a prosperidade, o relacionamento com Deus, a segurança, os anjos da guarda, a chave da porta do céu e outras coisas mil que a indústria medieval da fé nem ousou imaginar nos piores dias de trevas da igreja.

É “boa cumba”, (emprestei o termo do Caio Fábio), porque nela se monta um verdadeiro terreiro de ‘boa cumba’. O fiel passou a ter centenas de novos endereços para buscar seu patuá, fazer seu “despacho” e com a garantia que não está se envolvendo com “coisas do mal”, mas com “O Pai das Luzes”. Alí, você tem desde o galho de arruda até a espada do missionário (seria uma réplica da espada de São Jorge?). Da água benzida à toalha ungida com o suor do Apóstolo. Do sabonete da purificação ao chocolate do amor. Tudo isso em nome do bem. É a “boa cumba” contra a macumba.

Afinal nesta igreja tem de tudo. Só falta o Evangelho da Graça Redentora de Cristo Jesus. Senão é Jesus Cristo que você está procurando, seja bem-vindo à IGREJA EVANGÉLICA JUDAIZANTE ROMANA DA BOA CUMBA.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Quem foi Judas? – A Superinteressante ‘puxou’ a ficha do vilão dos Evangelhos

Por Ana Paula Chinelli


Judas é um personagem sem história. Com exceção de 15 citações nos evangelhos canônicos e algumas outras no Atos dos Apóstolos, quase não há registros de seu passado antes de conhecer Jesus. Ao contrário de apóstolos como Pedro, que era pescador, ou do cobrador de impostos Mateus, a Bíblia não conta de onde ele veio ou como ganhava a vida. Um silêncio que não chega a surpreender. "Pouco se sabe sobre Judas porque os evangelhos não tinham compromisso com a história. Eram apenas textos para orientar os cristãos e passar os ensinamentos de Jesus", diz Gabriele Cornelli, doutor em ciências da religião da Universidade Metodista de São Paulo. E a orientação oficial sempre foi clara: Judas era o vilão. E ponto final.

Ponto final para os fiéis, é claro. Para os pesquisadores, este é apenas o ponto de partida para dúvidas que nunca foram respondidas. Algumas delas: assim como os outros 11 apóstolos, Judas também teve um grupo de seguidores? Quem eram eles? Há algum legado seu para o cristianismo? Qual foi a relação dele com Jesus? Judas foi mesmo o vilão pintado pela Bíblia? As respostas, como boa parte da história do nascimento do cristianismo, passam mais por hipóteses que por fatos comprovados. Acredita-se, por exemplo, que Judas era uma espécie de outsider entre os seguidores mais próximos de Jesus. Seu sobrenome, Iscariotes, provavelmente é uma indicação da cidade em que ele nasceu: Cariotes, ou Kerioth, ou algo bem próximo a isso – a vila nunca foi localizada com precisão. Sabe-se que o lugarejo ficava perto de Hebron, uma importante área urbana no sul da Judéia. Mas que estava a cerca de 5 dias de viagem da Galiléia, região que abrigava o coração da religião que nascia, onde viviam Jesus e seus outros 11 apóstolos (veja mapa no quadro acima).

E o que isso quer dizer? Que Judas pode ter sido uma figura bastante importante para Jesus. Caberia a ele levar as pregações aos habitantes da Judéia. E isso não era pouco. Vivendo no então principal centro político e econômico de onde hoje fica Israel, os habitantes da região acreditavam ser intelectualmente superiores aos moradores da Galiléia, considerados rústicos e atrasados, quase caipiras. O fato de Judas, um local, falar bem de Jesus pode ter ajudado a abrir as portas da região para o líder forasteiro. "A existência de um Evangelho de Judas leva a crer que ele teve seguidores e nos faz supor que ele tinha forte influência na Judéia", diz Emmel.

Para entender como Judas podia ter uma "área de influência" é preciso conhecer a estrutura do grupo de seguidores que Jesus tinha ao seu redor. Eles estavam divididos em 3 círculos. No mais distante, ficavam os ouvintes. Eles estavam em todo o território judaico e não seguiam Jesus, mas eram simpáticos às suas pregações. No segundo grupo estavam os discípulos, cerca de 70 pessoas que seguiam o mestre, ouviam seus discursos, anunciavam sua chegada nas cidades, faziam algumas pregações em seu nome, mas não tinham compromisso com Jesus. Foi desse grupo que ele escolheu 12 homens a quem chamou de apóstolos (mensageiros, em grego). Eles formavam o terceiro grupo e eram os mais fiéis. Faziam parte desse núcleo central os irmãos Pedro e André, Tiago e João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, outro Tiago (que era primo de Jesus), Judas Tadeu, Simão e Judas Iscariotes. "Jesus e os apóstolos tinham uma relação de profundo respeito e amizade", diz o historiador da religião João de Araújo.

Nesse grupo, alguns tinham papéis definidos. Segundo a Bíblia, cabia a Judas a administração do dinheiro recolhido durante as pregações – uma função que sugere a confiança de Jesus (mas que também pode nunca ter existido, sendo acrescentada apenas para reforçar sua afeição ao dinheiro). A verba arrecadada cobria o custo das viagens. "Jesus foi um líder itinerante", diz Cornelli.

Na ausência do líder, seus seguidores trabalhavam individualmente na busca por fiéis. "Jesus tinha muita clareza do que estava fazendo. Ele organizou células no território judaico e compôs uma estrutura que deu sustentabilidade ao seu poder. Isso explica por que o cristianismo sobreviveu mesmo depois de sua morte", afirma o historiador André Chevitarese, professor de história antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Assim, é muito provável que cada um dos apóstolos tivesse um grupo próprio de seguidores. Afinal, apesar de falarem em nome de Jesus, eram eles que entravam em contato direto com as pessoas comuns. Davam conselhos, pregavam, supostamente operavam milagres. E, obviamente, faziam isso a seu modo: quem ouvia Pedro tinha uma visão diferente da dos seguidores de João ou Tomé sobre os ensinamentos de Cristo.

Mais tarde, essas peregrinações individuais serviriam como a semente que germinaria diversos cristianismos diferentes nos séculos 1 e 2 d.C. – é isso mesmo que você leu, diversos cristianismos. Antes, porém, a nova religião precisaria assistir a seu episódio mais emblemático.



segunda-feira, 9 de maio de 2011

QUEREMOS UM NOME!

Eu estou pensando seriamente que os 'crentes' a começar pelos líderes espirituais de muitos grupo ditos 'evangélicos' tem sérios problemas de transtorno mental. Na verdade isso está me parece um grande grupo de terapia, mas com tratamentos e efeitos contrários. A grande sacada é descobrir quem é o mais 'maluco' do grupo. Então as loucuras e as invenções começam a aparecer e cada um quer ser o 'melhor'; o mais 'louco por Jesus". Analisando esta relação de nomes de igrejas na "Oficina de idéias" da REDE SEPAL, não me vem outra coisa senão a minha descrição acima. E se você tem alguma dúvida leia e se delicie com tanta imaginação.

-IGREJA DA ÁGUA ABENÇOADA


-IGREJA ADVENTISTA DA SÉTIMA REFORMA DIVINA

-IGREJA DA BÊNÇÃO MUNDIAL FOGO DE PODER

-CONGREGAÇÃO ANTI-BLASFÊMIAS

-IGREJA CHAVE DO ÉDEN

-IGREJA EVANGÉLICA ABOMINAÇÃO À VIDA TORTA

-IGREJA BATISTA INCÊNDIO DE BÊNÇÃOS

-IGREJA BATISTA Ô GLÓRIA!

-CONGREGAÇÃO PASSO PARA O FUTURO

-IGREJA EXPLOSÃO DA FÉ

-IGREJA PEDRA VIVA

-COMUNIDADE DO CORAÇÃO RECICLADO

-IGREJA EVANGÉLICA MISSÃO CELESTIAL PENTECOSTAL

-CRUZADA DE EMOÇÕES

-IGREJA C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)

-CONGREGAÇÃO PLENA PAZ AMANDO A TODOS

-IGREJA A FÉ DE GIDEÃO

-IGREJA ACEITA A JESUS

-IGREJA PENTECOSTAL JESUS NASCEU EM BELÉM

-IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL LABAREDA DE FOGO

-CONGREGAÇÃO J.A.T. (Jesus Ama a Todos)

-IGREJA BARCO DA SALVAÇÃO

-IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL A ÚLTIMA EMBARCAÇÃO PARA CRISTO

-IGREJA PENTECOSTAL UMA PORTA PARA A SALVAÇÃO

-COMUNIDADE ARQUEIROS DE CRISTO

-IGREJA AUTOMOTIVA DO FOGO SAGRADO (Sera que é concorrente da BMW?)

-IGREJA BATISTA A PAZ DO SENHOR E ANTI-GLOBO

-ASSEMBLÉIA DE DEUS DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO

-IGREJA PALMA DA MÃO DE CRISTO

-IGREJA MENINA DOS OLHOS DE DEUS

-IGREJA PENTECOSTAL VALE DE BÊNÇÃOS

-ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA FIEL ATÉ DEBAIXO D'ÁGUA

-IGREJA BATISTA PONTE PARA O CÉU

-IGREJA PENTECOSTAL DO FOGO AZUL

-COMUNIDADE EVANGÉLICA SHALOM ADONAI, CRISTO!

-IGREJA DA CRUZ ERGUIDA PARA O BEM DAS ALMAS

-CRUZADA EVANGÉLICA DO PASTOR WALDEVINO COELHO, A SUMIDADE

-IGREJA FILHO DO VARÃO

-IGREJA DA ORAÇÃO EFICIENTE

-IGREJA DA POMBA BRANCA

-IGREJA SOCORRISTA EVANGÉLICA

-IGREJA "A" DE AMOR

-CRUZADA DO PODER PLENO E MISTERIOSO

-IGREJA DO AMOR MAIOR QUE OUTRA FORÇA

-IGREJA DEKANTHALABASSI (hâããã???)

-IGREJA DOS BONS ARTIFÍCIOS

-IGREJA CRISTO É SHOW

-IGREJA DOS HABITANTES DE DABIR

-IGREJA "EU SOU A PORTA"

-CRUZADA EVANGÉLICA DO MINISTÉRIO DE JEOVÁ, DEUS DO FOGO

-IGREJA DA BÊNÇÃO MUNDIAL

-IGREJA DAS SETE TROMBETAS DO APOCALIPSE

-IGREJA PENTECOSTAL DO PASTOR SASSÁ

-IGREJA SINAIS E PRODÍGIOS

-IGREJA DE DEUS DA PROFECIA NO BRASIL E AMÉRICA DO SUL

-IGREJA DO MANTO BRANCO

-IGREJA CAVERNA DE ADULÃO

-IGREJA ESTE BRASIL É ADVENTISTA

-IGREJA E.T.Q.B. (Eu Também Quero a Bênção)

-IGREJA EVANGÉLICA FLORZINHA DE JESUS

-IGREJA CENÁCULO DE ORAÇÃO JESUS ESTÁ VOLTANDO

-MINISTÉRIO EIS-ME AQUI

-IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL CEIO EU NA BÍBLIA

-IGREJA EVANGÉLICA A ÚLTIMA TROMBETA SOARÁ

-IGREJA DE DEUS ASSEMBLÉIA DOS ANCIÃOS

-IGREJA EVANGÉLICA FACHO DE LUZ

-IGREJA BATISTA RENOVADA LUGAR FORTE

-IGREJA ATUAL DOS ÚLTIMOS DIAS

-IGREJA JESUS ESTÁ VOLTANDO, PREPARA-TE

-MINISTÉRIO APASCENTA AS MINHAS OVELHAS

-BOLA DE NEVE CHURCH

-IGREJA EVANGÉLICA ADÃO É O HOMEM

-IGREJA EVANGÉLICA BATISTA BARRANCO SAGRADO

-MINISTÉRIO MARAVILHAS DE DEUS

-IGREJA EVANGÉLICA FONTE DE MILAGRES

-COMUNIDADE PORTA DAS OVELHAS

-IGREJA PENTECOSTAL JESUS VEM, VOCÊ FICA

-IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL CUSPE DE CRISTO Oooooh

-IGREJA EVANGÉLICA SUBIMOS COM JESUS

-IGREJA EVANGÉLICA DO MONTE DE ORAÇÃO

-IGREJA EVANGÉLICA LUZ NO ESCURO

-IGREJA EVANGÉLICA O SENHOR VEM NO FIM

-IGREJA PENTECOSTAL PLANETA CRISTO

-IGREJA EVANGÉLICA DOS HINOS MARAVILHOSOS

-IGREJA EVANGÉLICA PENTECOSTAL DA BÊNÇÃO ININTERRUPTA

segunda-feira, 25 de abril de 2011

PORQUE SAÍ DO MOVIMENTO EVANGÉLICO

Há muito que postei um artigo neste blog intitulado: “vou deixar de ser evangélico...” e mencionava as razões para uma possível desistência. Hoje já não me considero um “evangélico” do ponto de vista do “movimento evangélico” e abaixo exponho simplificadamente minha maneira de pensar neste momento e que me coloca na contramão do que chamamos hoje de “igreja evangélica”.


1. Por causa da fragilidade teológica e doutrinária;

2. Porque o conteúdo da fala dos “evangélicos” é baseado em chavões e experiências místicas sem ao menos o conteúdo básico hermenêutico necessário;

3. Porque a Igreja nascida deste movimento está mais entusiasmada com o seu próprio crescimento que a verdade bíblica “é Cristo que dá o crescimento”;

4. Porque o parâmetro de bênção nesta igreja deixou de ser “segundo a tua vontade”, para ser “segundo o que eu plantei” ou o “que eu determinei”;

5. Porque a exigência do “andar na bênção” funciona apenas com uns poucos “fiéis” e por um “pouco” de tempo até vir à decepção;

6. Porque este movimento anuncia mais o seu “P.A.C.” (PROGRAMA DE ACELERAMENTO E CRESCIMENTO DE IGREJA), do que o conteúdo do Evangelho;

7. Porque a identificação deste movimento é com os “valentes”, “soldados”, “guerreiros” e “vencedores”; os sofredores, “a cana retorcida” o “pavio queimado” que se dane...

Eu saí. E se você estiver sufocado, não podendo respirar o ar puro das “boas novas”, te convido: saia do barco e venha ter com Jesus sobre as águas, onde segurança não há, senão, a poderosa mão do Salvador.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O TÚMULO ESTÁ VAZIO

Não existe e nunca haverá uma história que interesse tanto a humanidade quanto os relatos de um Homem que era membro de uma comunidade judaica e que sua existência terrena não passou de 33 anos dos quais só os três últimos anos se tornaram públicos.
Este homem foi a maior revelação de Deus para a humanidade e o seu nome é Jesus, que deriva da forma grega do vocábulo Jeshua ou José, que significa "Jeová é Salvador".
O ensinamento de Jesus sobre o perdão proporcionou a ira dos legalistas, a posição de perdoar pecados e ressuscitar os mortos incitou os religiosos.

A sua vida se baseava em dois mandamentos dos quais foram passados para nós: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a ti mesmo.
Até hoje os céticos e adeptos as seitas oponentes do cristianismo não aceitam a pessoa de Jesus como ela deve ser reconhecida, a sua passagem pela terra se tornou assunto de vários debates e matérias explosivas da mídia escrita e televisiva em diversos momentos da história mundial, o livro Código da Vinci vendeu milhões de dólares tentando manchar a reputação do cristianismo, debates tentando dividir o Jesus da fé e o Jesus da história foram visto pelos milhões de telespectadores do mundo, mas o que incomoda os seguidores das diversas seitas é a sua morte, porque ela é o pré-requisito necessário para a sua ressurreição, fato que comprova a divindade de Cristo.

Jesus é o único líder que não possui um túmulo, pois ele não se preocupou com este detalhe porque iria passar só um final de semana ali, Não existe a frase "Aqui jazz" aonde ele foi colocado, mas está escrito "Ele não está mais aqui, Ele Ressuscitou".

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O MISTÉRIO DO MISTERIOSO ‘SHOFAR’ EVANGÉLICO

Shofar (do hebraico שופר shofar ) é considerado um dos instrumentos de sopro mais antigos. Para os judeus, o shofar não é apenas um instrumento "musical". É um instrumento tradicionalmente sagrado.Na tradição judaica, lembra o carneiro sacrificado a Abraão no lugar Isaque.

Nos tempos antigos, o shofar era usado em ocasiões solenes. A palavra shofar é mencionada pela primeira vez em conexão à Revelação Divina no Monte Sinai, quando "a voz do shofar era por demais forte e todo o povo do acampamento tremeu". Assim, o shofar no ano novo judaico tem o dever de lembrar aos judeus suas obrigações para com seu serviços religiosos.

O shofar também era tocado durante as batalhas contra inimigos perigosos.

O shofar é feito de um chifre de animal casher (considerado limpo). Qualquer chifre podia ser usado para o shofar, exceto vaca ou touro, pois estes chifres são chamados em hebraico de "keren" e não shofar, e também porque seu chifre poderia remeter ao Bezerro de Ouro que os filhos de Israel fizeram no deserto, ao deixarem o Egito.

Geralmente, e de preferência, o shofar é feito de um chifre de carneiro, em memória do carneiro que foi oferecido em lugar de Isaque, que permitiu-se ser atado e colocado sobre o altar como um sacrifício a Deus.

O toque do shofar é um mandamento da Torá. É um preceito como todos os outros da fé judaica.

Os evangélicos tem trazido o uso do shofar para dentro da igreja. Além de não ter nenhuma base bíblica para o uso do shofar na igreja, não há nem sombras, nem alusão deste instrumento sendo usado ou mesmo mencionado no Novo Testamento. Isso prova que esta tradição não foi aderida pela igreja nem como liturgia, nem como “sinal profético” como quer os mentores da idéia do shofar entre os evangélicos.

Pior é a idolatria resultado desta prática. Dentre elas temos:

• Não pode por o shofar no chão;

• O Shofar só pode ser tocando por uma pessoa;

• Somente um ministro de louvor ou o Chamado (Levita) pode tocar o shofar;

• Que o som do Shofar faz cair na unção;

• Deus vai nos usar para tocar o shofar e clamar o arrependimento ao povo e profetizar seu Reino aqui na Terra;

• O shofar tem um significado profético para clamar Arrependimento, Ajuntamento e o Reino do Senhor.

Diante de afirmações infundadas biblicamente só podemos lamentar o estado da igreja “evangélica” brasileira.

Dentro do princípio evangélico não há espaço para a prática do shofar pelas seguintes razões:

1. É uma tradição judaica e a igreja nada tem a ver com tais tradições. Israel é uma coisa é Igreja outra coisa;

2. A igreja do NT não fez uso dele nem recomendou como regra ou preceito;

3. Se quisermos ver no shofar um sinal, o fato dele ser feito de um chifre de carneiro e na tradição judaica lembrar o cordeiro oferecido no lugar de Isaque, outra coisa ele não pode representar se não Cristo, o Cordeiro de Deus “que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), logo o shofar da Igreja é o próprio Cristo;

4. O toque do shofar não tem simbolismo profético pelo seguinte:

a) Não existe uma classe de sacerdotes autorizados a tocar o shofar na igreja do NT, uma vez que somos “povo sacerdotal”;

b) Não existe levita no NT, “levitas” é exclusividade do culto judaico. Dizer que ministro de louvor hoje são os levitas do AT é forçar o texto bíblico e a própria história;

c) O toque do shofar é usado contra o “inimigo”. Paulo afirma que foi o sacrifício de Cristo que expôs “publicamente nossos inimigos”, não o som de um instrumento;

d) O toque do shofar traz unção. A unção só é proveniente do Espírito Santo. Fora disso é magia e feitiçaria;

e) O toque do shofar clama ao povo para o arrepedimento. Jesus declara: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15);

f) A Grande Comissão não diz para tocar o shofar, mas para pregar o evangelho do arrependimento a toda criatura;

g) Não existe significado mais “profético” do que o anúncio do evangelho de Cristo!

Quando analisamos os fundamentos do uso do shofar na igreja nada mais resta senão um chifre de carneiro com um som esquisito sem soprado por um sujeito mais esquisito ainda.

Se quiserem tocar o shofar como um sinal de tolerância ou apreciação cultural de outros povos; beleza nada a haver. Ou mesmo se querem introduzir na liturgia instrumentos outros, também não temos que questionar nada, até porque no mundo globalizada nada mais é de ninguém, tudo é muito comum, porém não venha com engodo para fazer mais tapado o pobre ‘crente’ que já nem sabe que religião ele pratica.