sábado, 19 de março de 2011

O MUNDO “JAZ NO MALIGNO”, MAS NÃO ESTÁ DOMINADO PELO MALIGNO

O mundo jaz no maligno, conforme nos garantem as Escrituras, não significando, porém, que Satanás domine este mundo, pois “do Senhor é a Terra e sua Plenitude, o mundo e os que nele habitam” (1 Jo 5.19; Sl 24.1). A vitória de Jesus sobre Satanás foi efetivada na cruz, onde Cristo “expôs publicamente os principados e potestades à vergonha, triunfando sobre eles” e que essa vitória teve como prova final a ressurreição, onde o último trunfo do diabo, a saber, a morte, também foi vencido (Cl 2.15; 1 Co 15.20-26). O cristão verdadeiro, uma vez liberto do império das trevas e trazido para o Reino do Filho do amor de Deus, conhecendo a verdade e liberto por ela, não necessita de sessões contínuas de libertação, pois isso seria uma afronta à Cruz de Cristo (Cl 1.13; Jo 8.32,36). O diabo existe, como ser espiritual, mas que está subjugado pelo poder da cruz de Cristo, onde ele, o diabo, foi vencido. Portanto, não há a necessidade de se “amarrar” todo o mal antes dos cultos, até porque o grande Vencedor se faz presente (1 Co 15.57; Mt 18.20). 

sexta-feira, 11 de março de 2011

LITURGIA DO ENTRETENIMENTO – CORTEJO SUNTUOSO E MUITO DRAMA PRA MEXER COM O CORAÇÃO DE DEUS

O Catecismo de Westminster nos ensina: "O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. Nós adoramos a Deus porque Deus nos criou para adorá-lo. Adoração está no centro da nossa existência; no coração da nossa razão de ser. Deus nos criou para ser sua imagem - uma imagem que refletiria sua glória. De fato, toda a criação foi trazida à existência para refletir a glória divina. O salmista nos diz que "os céus proclamam a glória de Deus; e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Salmos 19:1).

Como observador do culto evangélico, digo observador, porque ultimamente tenho tentado entender o que está acontecendo com os nossos manos e tenho visto e ouvido muitas definições e justificativas para a adoração por algumas outras razões que não seja a exposta acima.

É-nos dito que deveríamos adorar porque isso nos traz felicidade. Algumas vezes a adoração nos faz feliz, mas nem sempre. É-nos dito que deveríamos adorar porque isso nos dá um senso de auto-realização. Realmente, a adoração cumpre o propósito da nossa existência, mas nós não adoramos porque ela nos traz auto-realização. É-nos dito, freqüentemente, que deveríamos adorar a fim de construirmos uma família sólida: “a família que ora junta está junta". Os sumos-sacerdotes da religião da fertilidade Cananita muito disseram sobre a mesma coisa. Todos os tipos de políticos têm insistido na participação em vários ritos religiosos para desenvolver uma unidade nacional ou identidade ética. A Rainha Elizabeth I não foi a primeira ou a última que tentou consolidar seu reino por insistir que o culto é em algum sentido Inglês. Alguém sempre pode achar médicos e gurus, que defendem ritos religiosos por amor à boa saúde, sucesso financeiro ou paz mental. Verdadeira adoração, contudo, é distinta de tudo isso, na medida em que serve, acima de todas as coisas, ao louvor da glória de Deus.

A adoração ‘evangélica’ confunde adoração com arte, ou até pior, confundimos adoração com entretenimento, temos entendido adoração como se fosse algum tipo de arte criativa, como se o objeto da adoração fosse entreter Deus com uma liturgia elaborada de cortejo suntuoso e dramas. Algo pra deixar a divindade de queixo caído.