segunda-feira, 25 de abril de 2011

PORQUE SAÍ DO MOVIMENTO EVANGÉLICO

Há muito que postei um artigo neste blog intitulado: “vou deixar de ser evangélico...” e mencionava as razões para uma possível desistência. Hoje já não me considero um “evangélico” do ponto de vista do “movimento evangélico” e abaixo exponho simplificadamente minha maneira de pensar neste momento e que me coloca na contramão do que chamamos hoje de “igreja evangélica”.


1. Por causa da fragilidade teológica e doutrinária;

2. Porque o conteúdo da fala dos “evangélicos” é baseado em chavões e experiências místicas sem ao menos o conteúdo básico hermenêutico necessário;

3. Porque a Igreja nascida deste movimento está mais entusiasmada com o seu próprio crescimento que a verdade bíblica “é Cristo que dá o crescimento”;

4. Porque o parâmetro de bênção nesta igreja deixou de ser “segundo a tua vontade”, para ser “segundo o que eu plantei” ou o “que eu determinei”;

5. Porque a exigência do “andar na bênção” funciona apenas com uns poucos “fiéis” e por um “pouco” de tempo até vir à decepção;

6. Porque este movimento anuncia mais o seu “P.A.C.” (PROGRAMA DE ACELERAMENTO E CRESCIMENTO DE IGREJA), do que o conteúdo do Evangelho;

7. Porque a identificação deste movimento é com os “valentes”, “soldados”, “guerreiros” e “vencedores”; os sofredores, “a cana retorcida” o “pavio queimado” que se dane...

Eu saí. E se você estiver sufocado, não podendo respirar o ar puro das “boas novas”, te convido: saia do barco e venha ter com Jesus sobre as águas, onde segurança não há, senão, a poderosa mão do Salvador.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O TÚMULO ESTÁ VAZIO

Não existe e nunca haverá uma história que interesse tanto a humanidade quanto os relatos de um Homem que era membro de uma comunidade judaica e que sua existência terrena não passou de 33 anos dos quais só os três últimos anos se tornaram públicos.
Este homem foi a maior revelação de Deus para a humanidade e o seu nome é Jesus, que deriva da forma grega do vocábulo Jeshua ou José, que significa "Jeová é Salvador".
O ensinamento de Jesus sobre o perdão proporcionou a ira dos legalistas, a posição de perdoar pecados e ressuscitar os mortos incitou os religiosos.

A sua vida se baseava em dois mandamentos dos quais foram passados para nós: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a ti mesmo.
Até hoje os céticos e adeptos as seitas oponentes do cristianismo não aceitam a pessoa de Jesus como ela deve ser reconhecida, a sua passagem pela terra se tornou assunto de vários debates e matérias explosivas da mídia escrita e televisiva em diversos momentos da história mundial, o livro Código da Vinci vendeu milhões de dólares tentando manchar a reputação do cristianismo, debates tentando dividir o Jesus da fé e o Jesus da história foram visto pelos milhões de telespectadores do mundo, mas o que incomoda os seguidores das diversas seitas é a sua morte, porque ela é o pré-requisito necessário para a sua ressurreição, fato que comprova a divindade de Cristo.

Jesus é o único líder que não possui um túmulo, pois ele não se preocupou com este detalhe porque iria passar só um final de semana ali, Não existe a frase "Aqui jazz" aonde ele foi colocado, mas está escrito "Ele não está mais aqui, Ele Ressuscitou".

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O MISTÉRIO DO MISTERIOSO ‘SHOFAR’ EVANGÉLICO

Shofar (do hebraico שופר shofar ) é considerado um dos instrumentos de sopro mais antigos. Para os judeus, o shofar não é apenas um instrumento "musical". É um instrumento tradicionalmente sagrado.Na tradição judaica, lembra o carneiro sacrificado a Abraão no lugar Isaque.

Nos tempos antigos, o shofar era usado em ocasiões solenes. A palavra shofar é mencionada pela primeira vez em conexão à Revelação Divina no Monte Sinai, quando "a voz do shofar era por demais forte e todo o povo do acampamento tremeu". Assim, o shofar no ano novo judaico tem o dever de lembrar aos judeus suas obrigações para com seu serviços religiosos.

O shofar também era tocado durante as batalhas contra inimigos perigosos.

O shofar é feito de um chifre de animal casher (considerado limpo). Qualquer chifre podia ser usado para o shofar, exceto vaca ou touro, pois estes chifres são chamados em hebraico de "keren" e não shofar, e também porque seu chifre poderia remeter ao Bezerro de Ouro que os filhos de Israel fizeram no deserto, ao deixarem o Egito.

Geralmente, e de preferência, o shofar é feito de um chifre de carneiro, em memória do carneiro que foi oferecido em lugar de Isaque, que permitiu-se ser atado e colocado sobre o altar como um sacrifício a Deus.

O toque do shofar é um mandamento da Torá. É um preceito como todos os outros da fé judaica.

Os evangélicos tem trazido o uso do shofar para dentro da igreja. Além de não ter nenhuma base bíblica para o uso do shofar na igreja, não há nem sombras, nem alusão deste instrumento sendo usado ou mesmo mencionado no Novo Testamento. Isso prova que esta tradição não foi aderida pela igreja nem como liturgia, nem como “sinal profético” como quer os mentores da idéia do shofar entre os evangélicos.

Pior é a idolatria resultado desta prática. Dentre elas temos:

• Não pode por o shofar no chão;

• O Shofar só pode ser tocando por uma pessoa;

• Somente um ministro de louvor ou o Chamado (Levita) pode tocar o shofar;

• Que o som do Shofar faz cair na unção;

• Deus vai nos usar para tocar o shofar e clamar o arrependimento ao povo e profetizar seu Reino aqui na Terra;

• O shofar tem um significado profético para clamar Arrependimento, Ajuntamento e o Reino do Senhor.

Diante de afirmações infundadas biblicamente só podemos lamentar o estado da igreja “evangélica” brasileira.

Dentro do princípio evangélico não há espaço para a prática do shofar pelas seguintes razões:

1. É uma tradição judaica e a igreja nada tem a ver com tais tradições. Israel é uma coisa é Igreja outra coisa;

2. A igreja do NT não fez uso dele nem recomendou como regra ou preceito;

3. Se quisermos ver no shofar um sinal, o fato dele ser feito de um chifre de carneiro e na tradição judaica lembrar o cordeiro oferecido no lugar de Isaque, outra coisa ele não pode representar se não Cristo, o Cordeiro de Deus “que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), logo o shofar da Igreja é o próprio Cristo;

4. O toque do shofar não tem simbolismo profético pelo seguinte:

a) Não existe uma classe de sacerdotes autorizados a tocar o shofar na igreja do NT, uma vez que somos “povo sacerdotal”;

b) Não existe levita no NT, “levitas” é exclusividade do culto judaico. Dizer que ministro de louvor hoje são os levitas do AT é forçar o texto bíblico e a própria história;

c) O toque do shofar é usado contra o “inimigo”. Paulo afirma que foi o sacrifício de Cristo que expôs “publicamente nossos inimigos”, não o som de um instrumento;

d) O toque do shofar traz unção. A unção só é proveniente do Espírito Santo. Fora disso é magia e feitiçaria;

e) O toque do shofar clama ao povo para o arrepedimento. Jesus declara: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15);

f) A Grande Comissão não diz para tocar o shofar, mas para pregar o evangelho do arrependimento a toda criatura;

g) Não existe significado mais “profético” do que o anúncio do evangelho de Cristo!

Quando analisamos os fundamentos do uso do shofar na igreja nada mais resta senão um chifre de carneiro com um som esquisito sem soprado por um sujeito mais esquisito ainda.

Se quiserem tocar o shofar como um sinal de tolerância ou apreciação cultural de outros povos; beleza nada a haver. Ou mesmo se querem introduzir na liturgia instrumentos outros, também não temos que questionar nada, até porque no mundo globalizada nada mais é de ninguém, tudo é muito comum, porém não venha com engodo para fazer mais tapado o pobre ‘crente’ que já nem sabe que religião ele pratica.



sexta-feira, 8 de abril de 2011

O ENCONTRO COM DEUS ANTES DO “ENCONTRO COM DEUS” E OUTRAS TÉCNICAS

Cheguei para o Evangelho ainda adolescente. A idéia de conversão, comunhão e experiência com Deus era bem diferente do conceito atual. Naquele tempo “encontro com Deus” não era ainda usado como programa da igreja. O conceito era do pecador que finalmente é encontrado por Cristo, é lavado, perdoado e levado de volta aos braços do Pai. Era a ovelha perdida que voltava ao aprisco. Era como Zaqueu encontrado por Cristo, antes do mesmo poder “lá de cima da figueira” mirar o Salvador.

A conversão era algo que só acontecia pelo poder convencedor do Espírito. O Evangelho era lido, pregado, e o pecador tocado pela graça irresistível prostava aos pés de Cristo, confessando-o como Senhor e Salvador.

Batismo e unção do Espírito Santo não eram um repetir de palavras quase mágicas embaladas pela música alta e descompensativa, a ponto do fiel não pensar mais até se entregar “a ministração”.

A unção não era soprada pelo microfone, nem trazida pelo eco do shofar.

A voz de Deus não era ouvida ao meio do barulho ensurdecedor, nem lançada ao vento pelas rajadas de palavras de efeito.

Tudo isso que se propaga hoje como efeito de um encontro com Deus ou um programa básico da igreja para levar o indivíduo à comunhão com Deus, eu experimentei e na época não tinha tais técnicas, era tudo simples, muito simples.

Longo no inicio da minha vida cristã, fui despertado para o estudo da bíblia. Aprendi a orar jejuar, passar vigílias de oração, ir ao monte sozinho, descobrir o prazer do serviço, etc.

Ninguém me ensinou um técnica para chegar a Deus. Essa história de que a gente não tira tempo em nossa casa para passar em devoção com Deus, não aconteceu comigo.

A graça do Senhor me alcançou tanto no início quando na continuidade da vida cristã. Recebi de Deus muitas experiências e na maioria delas, estava eu e Deus somente. Sempre abominei a idéia de que se ia ao culto para receber ou pra encontrar com Deus, sempre imaginei que ali era lugar de serviço aos outros. No ajuntamento Deus usava uns e outros para exortar, consolar e edificar. As ministrações se prestavam a este objetivo, nunca para empurrar ninguém aos braços de Deus, ou levar o homem a uma overdose com a divindade.

Ninguém consegue manter um padrão contínuo de experiência mística. A vida é real, terrena, passageira, aflita, e despedaçadora. O ser humano sempre vai viver entre o “estar com Deus” e o “estar na terra”. E é nesta terrenidade que devemos sempre manter o contato com Deus. Uma técnica para embebedar os irmãos apenas por um final de semana não é bem-vinda, pois a igreja não vive de momentos, mas de séculos e milênios. A história tem muito a nos ensinar. Experiência momentânea não satisfaz a ânsia constante do sagrado no coração humano.

Por tanto, qualquer que seja o esforço, a técnica, o programa, por mais bem intencionado que seja, sempre vai faltar o que não podemos dar ao pecador – o encontro pessoal com Deus. O entendimento do Evangelho é “ninguém vem ao Pai senão por mim”. Esse encontro é produzido inteira e unicamente por Cristo. E só por Cristo. O resto, meus irmãos é apenas técnica e nada mais.