quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

UNÇÃO ANIMAL – O NOVO CIRCO DOS EVANGÉLICOS


Segundo o Gnoticias (http://noticias.gospelmais.com.br), em 1995, um novo fenômeno começou acontecer nas reuniões da Comunidade Cristã do Aeroporto de Toronto, no Canadá, enquanto o pastor John Arnott participava de conferências nos Estados Unidos. Um pastor chinês, líder das Igrejas chinesas cantonesas de Vancouver, durante o período de ministração, começou a urrar como um leão. Arnott foi chamado às pressas de volta, para resolver o problema.
Arnott entrevistou o pastor chinês diante da congregação durante uma reunião, e para surpresa de todos, ele caiu sobre as mãos e os pés, e começou a rugir como um leão na plataforma, engatinhando de um lado para o outro, e gritando “Deixem ir meu povo, deixem ir meu povo”. Ao voltar ao normal, o pastor explicou que durante anos seu povo tinha sido iludido pelo dragão, mas agora o leão de Judá haveria de libertá-los. A igreja irrompeu em gritos e aplausos de aprovação, e Arnott convenceu-se que aquilo vinha realmente do Espírito de Deus.

A partir daí, os sons de animais passaram a fazer parte da “bênção de Toronto”, com pessoas rugindo como leão, cantando como galo, piando como a águia, mugindo como o boi, e gritando gritos de guerra como um guerreiro.

Embora não haja base bíblica para profecia através de sons de animais emitidos por cristãos em êxtase, os sons foram definidos por Arnott como “profecias encenadas”, em que Deus fala uma palavra profética à Igreja através de sons de animais.

A prática é baseada em Apocalipse 4.7, que diz: “E havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás. E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.”.

As pessoas que acreditam na “unção dos quatro seres” dizem que quem está cheio do Espírito Santo recebe essa unção e começa a agir como os animais citados no texto, ou seja; rugir, andar de quatro, pular e até mesmo chorar compulsivamente, levando a pessoa a um quebrantamento e conseqüentemente uma aproximação a Deus.

Embora a passagem bíblica se refira a quatro seres, leão, bezerro, homem e águia, não há menção alguma sobre a referida unção, assim como não há em nenhuma passagem bíblica o fato de alguém que a tivesse recebido.

Os estudiosos entendem que os 4 animais devem ser interpretado como sendo os 4 Evangelhos. O leão representa o Evangelho de Mateus, onde Cristo é apresentado como o Rei dos Judeus; o bezerro representa o Evangelho de Marcos, onde Cristo é representado como o “Servo do Senhor”; o homem, representa o Evangelho de Lucas onde Cristo é apresentado como o Homem Ideal, e finalmente a águia, representa o Evangelho de João que apresenta Cristo como o Filho de Deus.

Para a ciência, esse acontecimento é conhecido como “mesmerismo”. No século XIX, o médico alemão chamado Franz Mesmer estudou cientificamente esses fenômenos mentais, conhecidos também como magnetismo animal. Segundo os estudos, essas alterações são provocadas no comportamento das pessoas com fins terapêuticos, onde as pessoas são induzidas a rir, chorar e a imitar animais.

Se é unção, neste caso os psicólogos independente de ser da ‘bancada’ evangélica consegue transferir a “bênção de Toronto” aos seus pacientes.

Na Bíblia o único cara que se comportou como um animal foi Nabucodonozor, porém não foi uma unção, uma bênção, mas um castigo por não reconhecer o poderio de Jeová.

Alguns animais que ficariam muito bem encenados e representariam melhor a decadência evangélica seria um asno, um jumento, por exemplo, mas ao ler a Bíblia entendemos que esta unção não fica bem para estes animais. Pois deles se afirmam: “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono ...  , o meu povo não entende.” (Isaías 1:3). Traduzindo: Eles são mais inteligentes que os nossos ‘manos’ ungidos.

Se Deus está dando uma palavra profética para a Sua Igreja através de urros de animais, só tem uma explicação e isso não é nada bom – somos um bando de irracionais. O que se conclui é que não devemos aplaudir, mas evoluir.