segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CARNAVAL – ENTRE A ALEGRIA PROFANA E A TRISTEZA DA PENITÊNCIA

Segundo a Wikipédia, “o carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar que tem suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo Cristianismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma.” A palavra "carnaval" a carne vale, ou seja, adeus à carne é uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da quaresma, quando a Igreja Católica relembra os 40 dias de Jesus Cristo no deserto e convida seus fiéis a um período de privação, penitência e meditação.

Já se vê que nesta ligação de propósitos históricos a Igreja e seu calendário Gregoriano, fixa o carnaval como uma festa de alegria, como antecedente à tristeza que será a Quaresma.

Seria a Igreja contra a alegria? Ao riso? Ao colorido? Ao que parece sim. A Igreja Católica e o Estado Feudal impuseram às cerimônias oficiais um tom sério e sisudo, como uma forma de combater o riso, ritual dos festejos, que em geral descambavam para as permissividades.

Somente no Concílio de Trento em 1545 é que a Igreja passou a tolerar melhor a festa e até a estimulá-la, com o Papa Paulo II. No Concílio de Trento, entra o carnaval em pauta, reconhecido como uma manifestação popular de rua importante e, portanto, não devendo ser hostilizado pelo Clero.

Os Evangélicos não tem tolerância à festa. Eles abandonam as cidades, fecham os templos e se retiram para meditar longe do barulho dos tamborins.

A ideia no geral entre os crentes é que esta festa é lugar de atuação do "capeta". Lugar de permissividade. Embriaguez. Prostituição. Morte etc. Não estão errados! Pois essa é uma realidade triste. No entanto não devemos imaginar que tais coisas ocorrem apenas nestes dias. Embora nestes dias a intensidade seja maior, essa é a realidade de um mundo caído.

Fazer atos proféticos, amarrar as legiões que atuam no carnaval e outras mandingas de crente é perca de tempo. O carnaval veio pra ficar. É como reconheceu o Concílio de Trento, uma manifestação popular de rua importante.

 E não é só importante do ponto da cultura popular, mas também do ponto de vista econômico. Ano passado, as escolas de samba de São Paulo investiram cerca de R$36,8 milhões de reais, enquanto os turistas, que vieram para a cidade especialmente para assistir os desfiles, deixaram na cidade cerca de R$51 milhões de reais. O fluxo de pessoas e de serviços é tão dinâmico que fica impossível medir com precisão quantas pessoas é contratado para suprir a demanda indireta do carnaval no setor de serviços, no comércio, nos hotéis e em atividades relacionadas ao turismo. Segundo a Revista Exame, a indústria do carnaval no RJ gerou este ano cerca de 250 mil empregos.

Penso que o carnaval tem seu lado negativo sim, mais a Igreja não pode imaginar que tudo ali são perversão e prejuízo. Não devemos promover uma ‘fogueira de caça as bruxas’ somente no carnaval. As mesmas perversões que se faz no carnaval de rua diante de nossos olhos, são as mesmas que se faz no oculto de nossos olhos. A diferença é que aqui a perversão fica mais saliente, depois do carnaval fica mais camuflada.

Não devemos pregar contra manifestações populares, mas contra a degradação do ser humano.

Carnaval é uma euforia descomprometida, alegria, festejos. Que outra coisa não é senão “bobagem”. Nas palavras de Salomão: “Vaidade”.

No adeus à carne a alegria é uma ilusão. Na tristeza da penitência o choro é a semente da paz que brota pela justificação em Cristo. Seja no carnaval ou em outras ocasiões, alegre-se. Mas nunca se esqueça de passar no cantinho da tristeza, aquela tristeza que gera arrependimento para a vida.

Não curta apenas a alegria que mata. Curta a tristeza que faz viver.

Feliz carnaval e boa quaresma! (rsrsr)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

POR QUE DEIXEI DE SER PRÉ-MILENISTA: A FARSA DO “RAPTO”

Os Pré-milenistas afirmam que em qualquer momento, sem sinais ou anúncio, haverá um Rapto. (1 Ts 4:13-17; Mt 24:40-41; 25:13). Por Rapto se quer dizer a vinda súbita e secreta de Cristo para tomar para Si, nos ares, os corpos dos santos vivos e ressuscitados. Os ímpios permanecerão no túmulo. Esta é a segunda vinda de Cristo para os Seus santos e é conhecida como a primeira ressurreição.

Ora, 1 Tessalonicenses 4:13-17, simplesmente não prova um “rapto” súbito e silencioso e uma ressurreição separada dos justos e ímpios. Em vez disso ensina: um retorno visível e notável (grito, voz, trombeta) de Cristo; a ressurreição dos corpos dos santos mortos seguida imediatamente pela translação daqueles que estiverem vivos na vinda de Cristo, sem dizer nada sobre os ímpios; que os santos estarão para sempre com o Senhor deles, sugerindo não que eles retornem a esta terra mundana novamente em seus corpos glorificados, espirituais e incorruptíveis, mas que eles permanecerão com Cristo em glória celestial! Além do mais, o próprio Cristo deixa claro que haverá apenas uma ressurreição: “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:28,29). As Escrituras revelam UMA segunda vinda de Cristo, UMA ressurreição em Sua vinda e UM julgamento.

Baseado no texto do Rev. D. H. Kuiper - http://www.prca.org/prtj/Portuguese/O_Erro_Pre-Milenista-Rev_D_H_Kuiper.htm