quinta-feira, 25 de setembro de 2014

TEORIAS FILOSÓFICAS SOBRE A NATUREZA DO PECADO

1. Dualismo – É aquela teoria que pressupõe a existência de um eterno princípio do mal. Quando o homem foi criado este dualismo entrou na constituição humana. Pecado portanto é um mal físico; a contaminação do espírito por sua união com o corpo material; e deve ser combatido por meios físicos. Daí o ensino da eficácia da abstinência e da austeridade.

2. Negação ou limitação do ser – Segundo esta teoria o ser, a substância, é bom. Deus como a substância absoluta é o bem supremo. Portanto, quanto menos ser, menos bem; e toda negação, ou limitação de ser, é má, ou pecado. Nesta teoria a distinção entre  bem e mal é, portanto, meramente quantitativa, uma distinção entre mais ou menos. O ser é bom; a limitação do ser é má. O pecado é um desenvolvimento imperfeito, ou a mera limitação do ser.

3. Privação -  Esta é a teoria de Leibnitz, que ensina que o pecado é privação e o atribui à necessária limitação do ser. Segundo esta teoria o pecado é inevitável porque emana da necessária limitação da criatura. A criatura não pode ser absolutamente perfeita. Seu conhecimento e poder deve ser limitados. Nunca podemos esperar uma ação absolutamente perfeita de um agente menos que absolutamente perfeito.

4. Antagonismo Necessário – Ensina que toda a vida, implica ação e reação. Inclusive no universo material prevalece a mesma lei, por exemplo, todas as mudanças químicas são produzidas por atração e repulsão. Também é assim no mundo animal não há forças sem obstáculos vencidos; nem descanso sem fadiga; nem vida sem morte. Assim também a mente  se desenvolve através de esforços contínuos, através do conflito constante entre o que está  dentro e o que está fora. A mesma lei deve prevalecer no mundo moral. Não existe bem sem mal. Logo um mundo moral sem pecado é impossível. O pecado é a condição necessária para a existência da virtude.

5. A Teoria Sensorial – Coloca a fonte e a sede do pecado na natureza sensorial do homem. O homem é composto de corpo e espírito. Por meio do corpo ele é conectado ao mundo ou natureza externa; e, por meio da alma, ao mundo espiritual e a Deus, ele tem necessidades, desejos, apetites e afeições que encontram seus objetos no mundo material, e que ele tem outros instintos, afeições e faculdades que encontram seus objetos no mundo espiritual. É auto-evidente que os últimos são mais elevados e devem ser invariavelmente e sempre dominantes. Mas a experiência prova o contrário, os homens sempre preferem o inferior em vez do superior; os homens são governados universalmente, em maior ou menor extensão, e sempre em grau pecaminoso, por sua natureza sensorial ou inferior. Nisto consiste a fonte e a essência do pecado.


6. Pecado consiste em egoísmo – O pecado consiste na indevida preferência de nossa própria felicidade em detrimento da felicidade ou bem-estar dos outros. Neste caso o pecado é a indevida preferência de nós mesmos. 

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