1. Dualismo – É aquela
teoria que pressupõe a existência de um eterno princípio do mal. Quando o homem
foi criado este dualismo entrou na constituição humana. Pecado portanto é um
mal físico; a contaminação do espírito por sua união com o corpo material; e
deve ser combatido por meios físicos. Daí o ensino da eficácia da abstinência e
da austeridade.
2. Negação ou limitação do
ser – Segundo esta teoria o ser, a substância, é bom. Deus como a
substância absoluta é o bem supremo. Portanto, quanto menos ser, menos bem; e
toda negação, ou limitação de ser, é má, ou pecado. Nesta teoria a distinção
entre bem e mal é, portanto, meramente
quantitativa, uma distinção entre mais ou menos. O ser é bom; a limitação do
ser é má. O pecado é um desenvolvimento imperfeito, ou a mera limitação do ser.
3. Privação - Esta é a teoria de Leibnitz, que ensina que o
pecado é privação e o atribui à necessária limitação do ser. Segundo esta
teoria o pecado é inevitável porque emana da necessária limitação da criatura.
A criatura não pode ser absolutamente perfeita. Seu conhecimento e poder deve
ser limitados. Nunca podemos esperar uma ação absolutamente perfeita de um
agente menos que absolutamente perfeito.
4. Antagonismo Necessário
– Ensina que toda a vida, implica ação e reação. Inclusive no universo material
prevalece a mesma lei, por exemplo, todas as mudanças químicas são produzidas
por atração e repulsão. Também é assim no mundo animal não há forças sem
obstáculos vencidos; nem descanso sem fadiga; nem vida sem morte. Assim também
a mente se desenvolve através de esforços
contínuos, através do conflito constante entre o que está dentro e o que está fora. A mesma lei deve
prevalecer no mundo moral. Não existe bem sem mal. Logo um mundo moral sem
pecado é impossível. O pecado é a condição necessária para a existência da
virtude.
5. A Teoria Sensorial –
Coloca a fonte e a sede do pecado na natureza sensorial do homem. O homem é
composto de corpo e espírito. Por meio do corpo ele é conectado ao mundo ou
natureza externa; e, por meio da alma, ao mundo espiritual e a Deus, ele tem
necessidades, desejos, apetites e afeições que encontram seus objetos no mundo
material, e que ele tem outros instintos, afeições e faculdades que encontram
seus objetos no mundo espiritual. É auto-evidente que os últimos são mais
elevados e devem ser invariavelmente e sempre dominantes. Mas a experiência
prova o contrário, os homens sempre preferem o inferior em vez do superior; os
homens são governados universalmente, em maior ou menor extensão, e sempre em
grau pecaminoso, por sua natureza sensorial ou inferior. Nisto consiste a fonte
e a essência do pecado.
6. Pecado consiste em egoísmo
– O pecado consiste na indevida preferência de nossa própria felicidade em
detrimento da felicidade ou bem-estar dos outros. Neste caso o pecado é a
indevida preferência de nós mesmos.
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