Retomando a expressão de João "O
Verbo se fez carne" Jo 1.14, a Igreja denomina "Encarnação" o
fato de Filho de Deus ter assumido uma natureza humana para realizar nela a
nossa salvação. Em um hino atestado por pelo apóstolo Paulo, a Igreja canta o
mistério da Encarnação:
“Tende
em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus: Ele tinha a condição divina, e não
considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas
esvaziou-se a si mesmo, assumiu a condição de servo, tomando a semelhança
humana. E, achado em figura de homem, humilhou-se e foi obediente até a morte,
e morte de cruz!” (Fl 2.5-8).
A fé na Encarnação verdadeira do Filho
de Deus é o sinal distintivo da fé cristã: "Nisto
reconheceis o Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio na carne é de Deus" (1Jo 4.2).
Esta é a alegre convicção da Igreja
desde o seu começo, quando canta "o grande mistério da piedade": "Ele foi manifestado na carne"
(1 Tm 3.16).
O nome de Jesus significa que o próprio
nome de Deus está presente na pessoa de seu Filho feito homem para a redenção
universal e definitiva dos pecados. E o único nome divino que traz a salvação e
a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens
pela Encarnação, de sorte que "não
existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser
salvos" (At 4.12)
Tudo o que Cristo viveu foi para que
pudéssemos vivê-lo nele e para que Ele o vivesse em nos. Por sua Encarnação, o
Filho de Deus, de certo modo, se uniu a todo homem.
Nós somos chamados a ser uma só coisa
com Ele; Ele nos faz partilhar, como membros de seu corpo, de tudo o que (Ele),
por nós e como nosso modelo, viveu em sua carne.
Que neste Natal possamos comungar desta
comunhão com o Verbo de Deus e que nosso coração esteja preparado para o seu
renascimento em nós a cada dia.
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