segunda-feira, 29 de junho de 2015

MARCAS MEDIEVAL NA IGREJA EVANGÉLICA PÓS-MODERNA

Eu vou muito pouco à Igreja Evangélica. Não participo ativamente de nenhuma igreja do movimento evangélico atual. Mas as vezes que vou a uma destas igrejas eu tenho uma sensação, ao observar os seus rituais, que entrei numa máquina do tempo e me transportaram para a Era Medieval. Tenho uma sensação de modernidade e medievalismo nessas práticas evangélicas. Eis alguns exemplos desta realidade:
A primeira forte tendência que encontramos na igreja evangélica é o medievalismo. O que acontecia naquele tempo, é o que acontece até hoje nas igrejas evangélicas. Vejamos:

a) Obscurantismo Teológico: O medo do novo é uma das marcas da teologia medieval. Tudo o que não se encaixava nos moldes do escolasticismo era chamado de heresia (qualquer semelhança com os fundamentalistas de hoje não é mera coincidência).


b) Ênfase nas obras: Não existia uma mensagem de graça. O perdão de Deus era obtido mediante o esforço do fiel, que graças a sua piedade intrínseca, se auto-redimia comprando para si o favor e o perdão de Deus. Veja um programa de TV de qualquer uma das igrejas evangélicas e me desminta.


c) Clero claudicante: O câncer da corrupção havia tomado conta do clero. Sacerdotes ladrões e adúlteros, que não tinham tempo para apascentar o rebanho, mas que satisfaziam a cada dia a sua luxúria concupiscente era comum à época. Não é diferente com alguns pastores, apóstolos e bispos, que dão mal testemunho e explora a fé supersticiosa do povo.

d) Uma fé palpável: Comercialização de ícones, de relíquias dos santos e imagens de escultura, além da compra do favor de Deus mediante o pagamento de indulgências. A mesma coisa na versão de lenços ungidos, venda de produtos made in Israel e com as pregações sobre dízimo – quem dá recebe, e pode colocar Deus contra a parede.

Diante destas observações não tem como ignorar o retrocesso teológico dos evangélicos. Uma realidade que nos entristece e ao mesmo tempo nos coloca em alerta para defendermos a “fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”.